Um dos árbitros-assistentes do jogo Gondomar-Freamunde confirmou esta segunda-feira em tribunal que participou com colegas da equipa de arbitragem e dois dirigentes do Gondomar SC num lanche à beira-Douro, imediatamente após a partida, mas não adiantou quem pagou a conta, refere a Lusa.
Testemunhando perante o tribunal de Gondomar na 10.ª sessão do processo Apito Dourado, o árbitro-assistente Tomás Santos garantiu que foi o seu chefe de equipa da altura, José Manuel Rodrigues, que convidou para o lanche os dirigentes do Gondomar SC e arguidos José Oliveira e Castro Neves.
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Tomás Santos não soube precisar quem pagou a conta do lanche em que, conforme admitiu, «provavelmente houve camarão». Também afirmou que o árbitro deixou o restaurante à escolha dos convidados.
«Não éramos da zona, não conhecíamos», justificou, explicando que o repasto surgiu na sequência da insatisfação manifestada pelos dirigentes do Gondomar SC quanto à prestação da arbitragem.
Paulo Nobre, árbitro assistente de Fernando Valente, que chegou a ser arguido, e participou na arbitragem dos jogos Taipas-Gondomar e Gondomar-Fafe, confirmou que, no final deste último jogo, recebeu um presente em ouro de José Oliveira.
Segundo testemunhou, José Oliveira disse-lhe que Gondomar era capital do ouro e que aquilo era «uma lembrançazinha».
Outro membro da equipa de arbitragem de Fernando Valente, o árbitro-assistente José Gavinho Fernandes, que também chegou a ser arguido, confirmou ter recebido uma prenda similar. Neste caso a prenda teria sido oferecida por Castro Neves, que era delegado ao jogo.
Ambos confirmaram que as prendas foram recebidas no final do jogo e que actuaram de forma profissional.
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