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Protesto contra encerramento nocturno do SAP

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Vila Pouca de Aguiar: nem o frio desmotivou as centenas de pessoas que saíram à rua

Centenas de pessoas concentraram-se esta quinta-feira, em Vila Pouca de Aguiar, em protesto contra o encerramento nocturno do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) anunciado para a meia-noite.

Nem o frio que se faz sentir na região transmontana, nem a «intransigência» do ministro Correia de Campos desmotivaram os habitantes de Vila Pouca de Aguiar que quiseram deixar bem clara a sua oposição ao encerramento nocturno do SAP.

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Com a chegada das câmaras de televisão os contestatários começaram também a gritar palavras de ordem tais como «a luta continua o ministro para a rua».

Espalhados pelo recinto em frente ao centro de saúde podiam ainda ler-se cartazes com frases como: «Que Deus nos ajude a correr com o ministro da Saúde», «Isto não é um deserto, queremos o SAP aberto», ou «PPS - Plano Poupança Saúde - esperamos que o ministro mude».

Também hoje encerra o serviço nocturno dos SAP`s de Murça e Alijó, o serviço de urgência do Hospital do Peso da Régua e o bloco de partos do Hospital de Chaves.

As três unidades de cuidados primários do distrito de Vila Real vão passar a funcionar até às 24h00 nos dias úteis e aos fins-de-semana e feriados até às 20h00.

Para compensar o encerramento da urgência hospitalar de Peso da Régua, o centro de saúde local passará a funcionar com o horário alargado dos outros. Actualmente estava fechado à noite e aos fins-de-semana e feriados.

Apesar de considerar que o ministro Correia de Campos tem mostrado que «não se pode dialogar com ele» e que a decisão tomada pela tutela é «irreversível», Martine Carvalho fez questão de marcar presença no protesto desta quinta-feira.

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«População unida contra a decisão do Governo»

«Obviamente que esta concentração não vai alterar nada mas, pelo menos, mostramos que a população está unida contra a decisão do Governo», afirmou, por sua vez, Gilberto Conceição.

Já o presidente do CDS local, Elias Rodrigues, salientou que a decisão do ministério não teve em atenção o clima deste território, ou seja, muito frio e gelo, factores que considera que poderão condicionar a circulação das ambulâncias para o hospital de Vila Real, a cerca de 30 quilómetros de distância.

Referiu ainda que Vila Pouca de Aguiar se tornou «num importante» eixo viário da região transmontana, onde confluem as auto-estradas A24 e A7, o que «faz aumentar o risco da ocorrência de acidentes de viação».

A concentração foi marcada pela comissão criada em Janeiro para defender as urgências do concelho, onde estão representados todos os partidos.

A comissão defendia que, qualquer solução que altere o regime de funcionamento do SAP de Vila Pouca de Aguiar, tem de passar «necessariamente» pelo reforço de meios locais, nomeadamente a colocação de um veículo VMER e o funcionamento, durante o dia, do SAP ou outro sistema equivalente.

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O presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar (PSD), Domingos Dias, considerou que «é lamentável que por razões economicistas não se ouça a população» daquela região transmontana.

«Isolados»

Lamentou ainda aquela decisão «unilateral» do Ministério da Saúde, «sem ter acordado qualquer tipo de protocolo» com o município de Vila Pouca de Aguiar

«Já estamos demasiado isolados para permitirmos que nos retirem mais serviços e qualidade de vida», frisou o autarca.

Segundo Domingos Dias, diversas aldeias do concelho ficarão a mais de 60 minutos do serviço de urgência, tanto mais que a rede viária não permite a circulação de ambulâncias à média de 60 quilómetros por hora, como é mencionado no relatório.

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