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Santarém: hospital com fluxo «anormal» de doentes

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Em causa está um surto de gripe e doenças respiratórias

O Hospital de Santarém tem registado, nas últimas semanas, uma afluência «anormal» de doentes, devido a um surto de gripe e a doenças respiratórias, tendo por vezes dificuldade em libertar as macas das ambulâncias, disse à agência Lusa fonte hospitalar.

José Josué, presidente do conselho de administração (CA) do Hospital Distrital de Santarém, reagia a queixas dos bombeiros, que lamentam ter retidas, durante horas, viaturas de emergência que podem ser necessárias no socorro às populações.

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Fonte de uma corporação de bombeiros do distrito de Santarém queixou-se hoje de ter uma ambulância de emergência retida há várias horas à porta do Hospital, por não lhe ter sido ainda devolvida a maca, situação que a agência Lusa verificou acontecer com cerca de uma dezena e meia de viaturas de várias corporações.

José Josué disse à Lusa que, «pontualmente» existe uma «sobrecarga» tão grande dos serviços que não se consegue fazer a substituição da maca por uma cama do hospital.

Segundo disse o administrador, nas últimas três quatro semanas tem-se registado uma afluência «anormal» de doentes, a exemplo do que tem acontecido noutros pontos do país, sublinhando que a área de influência do Hospital de Santarém abrange população muito envelhecida, que «cada vez mais recorre às urgências».

O presidente do CA do Hospital de Santarém afirmou que o envelhecimento da população tem levado a que a sobreutilização dos serviços de urgência e do internamento «infelizmente nos últimos anos se arraste por semanas», não sendo tão pontual como no passado.

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José Josué afirmou que são casos clínicos que não se resolvem com uma mera consulta, exigindo muita vezes a realização de exames e alguma terapêutica, o que leva a que os doentes permaneçam algumas horas em reabilitação.

A grande afluência num curto espaço de tempo, com um ritmo de altas inferior ao ritmo de chegadas, e a necessidade de desinfetar e higienizar as camas, o que «demora algum tempo», estão na origem da situação, disse, frisando que a retenção de macas é «pontual» e que, apesar de algumas manifestações de desagrado, não há registos formais de queixas por parte das corporações de bombeiros.

Adelino Gomes, vice-presidente da Federação Distrital de Bombeiros, disse à Lusa que a situação das macas no Hospital de Santarém é «recorrente».

No seu entender, a retenção das macas deve-se a uma falta de investimento do Hospital e a má organização dos serviços.

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