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Rei Ghob: PJ diz que dificilmente os corpos serão encontrados

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«Se o arguido não colaborar, dificilmente a Polícia Judiciária conseguirá saber dos corpos», disse inspector em tribunal

O inspector da Polícia Judiciária que coordenou as investigações dos alegados quatro homicídios de «Rei Ghob», que continua a ser julgado no Tribunal de Torres Vedras, admitiu que, se o arguido não colaborar, «dificilmente» os corpos serão encontrados.

«Se o arguido não colaborar, dificilmente a Polícia Judiciária conseguirá saber dos corpos», afirmou em tribunal o inspector Joaquim Brilha, ao ser questionado pelo colectivo de juízes sobre as alegadas provas que levam a PJ a estar convicta de que as quatro vítimas estarão mortas.

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À pergunta do juiz Rui Teixeira sobre se as vítimas estarão mortas, Joaquim Brilha respondeu: «para mim é uma certeza».

O inspector explicou que a PJ, partindo da hipótese de sequestro da última vítima (Joana Correia), a 03 de Marco de 2010, foi recolhendo «indícios» de que se trataria antes de um crime de homicídio e suspeitas do alegado envolvimento do arguido em mais dois homicídios, de Tânia Ramos e Ivo Delgado, respectivamente a 05 e 26 de Junho de 2008.

Cruzando os dados fornecidos com a operadora de telemóvel (os telemóveis e respectivos cartões das vítimas foram encontrados na casa do arguido), a PJ concluiu que no fim da tarde em que Joana Correia foi vista pela última vez [tinha sido levada pelo arguido sob o pretexto de ir fazer uma surpresa ao namorado na casa de Francisco Leitão] «os percursos efectuados pelos telemóveis do arguido e da vítima, detectados pelas antenas de telemóvel, são idênticos.

Depois de dar boleia à vítima no Sobreiro Curvo, ter-se-ão dirigido a casa do arguido (tal como detectaram as antenas de telecomunicações de São Bartolomeu) - o que coincide com a resposta da vítima dada por mensagem escrita (sms) à amiga Beatriz às 21:15horas - seguindo depois para Consolação (Peniche), Amoreira (Óbidos) e pelas 23 horas para as Caldas da Rainha.

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A 18 de Março, familiares da vítima receberam chamadas de cabines telefónicas em Badajoz (Espanha), na mesma altura em que o arguido também se deslocou ao país, como confirmam as localizações detectadas pelas antenas de telemóvel e as buscas em casa do arguido, onde foi encontrado um papel com o número de uma dessas cabines e facturas de hotéis espanhóis próximos dessas cabines.

O facto de as raparigas terem ciúmes em relação aos seus namorados e Ivo Delgado conhecer o arguido e saber que teria sido ele a matar a namorada a juntar ao «modus operandi» comum levou a PJ a formular a convicção de que Francisco Leitão é o único suspeito das outras duas mortes.

Para não levantar suspeitas, após o desaparecimento das vítimas de quem era amigo, o arguido aproximava-se das famílias mostrando preocupação e enviava-lhes sms em seu nome.

O julgamento, que conta com tribunal de júri, prossegue com a audição de quatro inspectores da PJ.

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