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Casa Pia: defesa de Diniz nega abusos em clínica

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Testemunhas não terão referido cicatriz do arguido

A defesa de Ferreira Diniz no processo de pedofilia da Casa Pia destacou esta terça-feira que a acusação localiza abusos na clínica ou em casa do médico, contrariando o padrão habitual dos abusadores, que escolhem zonas onde sejam desconhecidos, informa a Lusa.

No segundo dia das suas alegações finais, a advogada Maria João Costa afirmou que, à excepção de Elvas, os jovens casapianos alegam ter sido abusados em locais de trabalho do médico, como o Centro de Saúde na Graça, a sua clínica em Belém, ou no seu andar de residência, no Restelo, todos em Lisboa.

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«A todos estes locais Ferreira Diniz está indissociavelmente ligado, enquanto o Ministério Público diz que é normal os abusadores procurarem sítios onde não são conhecidos», acentuou, interrogando-se depois: «Então, como se justifica as acusações centrarem-se nestes locais?»

«Não faz sentido, de acordo com as regras da experiência comum», afirmou Maria João Costa. Além disso, em todos estes locais havia presença de elementos da sua família. «A presença da família na vida e no trabalho de Ferreira Diniz é permanente. Desde a morte do pai, ele é o pilar da família e está sempre rodeado por eles», assegurou, dando como exemplo o caso da mãe, que permanecia na clínica do médico pelo menos entre as 08:00 e a hora de jantar.

Testemunhas não referem cicatriz

«Basta usar a experiência comum para ver que a prática de abusos sexuais não é compatível com a vida deste homem», insistiu, ainda por cima no caso da clínica de Belém, «num gabinete pequenino, onde se ouvia tudo e com a família sempre ao pé».

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O facto de nenhuma das alegadas vítimas de abusos referir uma cicatriz com 41 centímetros que o médico tem «na barriga» foi outra questão levantada pela advogada para sustentar que o seu cliente não abusou de nenhuma das testemunhas, porque aquele é um sinal que veriam facilmente.

Concluiu assim Maria João Costa, para insistir na absolvição do seu cliente, que as vítimas nunca estiveram com o médico como afirmam, nem em nenhum dos locais que apontam.

As alegações da defesa de Ferreira Diniz prosseguem quarta-feira de manhã, devendo ficar concluídas até à hora de almoço.

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