Mais de duas centenas de imigrantes exigiram hoje ao Governo a celeridade da sua legalização em território nacional e a alteração das políticas de imigração que fomentam «o alargamento do trabalho ilegal».
«As políticas de imigração como estão concebidas privilegiam o alargamento do trabalho ilegal, porque efectivamente assiste-se a um fenómeno de pescadinha de rabo na boca: para legalizar a sua situação o imigrante precisa de ter um contrato de trabalho, mas para trabalhar o imigrante precisa de ter um documento», denunciou à agência Lusa Timóteo Macedo da associação Solidariedade Imigrante.
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As principais queixas dos imigrantes em Portugal prendem-se com a burocracia e a morosidade «no que toca a terem acesso às suas ferramentas elementares, porque não basta pedir só deveres, é preciso dar direitos e esses o Governo não está a respeitá-los e não está a dá-los».
Timóteo Macedo, que falava em nome dos imigrantes presentes num plenário que esta tarde se realizou em Lisboa, referiu que estes exigem «ser respeitados, acabando com a postura da submissão».
«Querem solicitar ao Governo que o reagrupamento familiar e a sua legalização em território nacional sejam encarados de uma forma séria e célere para que as pessoas em situação irregular com ou sem visto de Schengen tenham direito a ter a sua vida estabilizada em Portugal», afirmou.
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