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Caso trimarã pode chegar a tribunal europeu

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Advogados de defesa queixam-se de não terem acesso ao processo

O advogado português António Vilar e o francês Gilbert Collard admitiram esta quinta-feira levar o caso do assassinato do proprietário do trimarã Intermezzo ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, caso continuem a não ter acesso ao processo, noticia a agência Lusa.

Os dois causídicos visitaram esta a tarde, na cadeia de Odemira, a arguida francesa Corine Caspar, detida em Agosto de 2006, por suspeitas de envolvimento na morte do proprietário daquela embarcação, André Le Floch, ao largo de Sagres, Algarve.

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Após as duas horas de visita, o advogado português admitiu que poderá tornar-se defensor de Corine, mas remeteu para a próxima segunda-feira uma decisão definitiva sobre o assunto.

«Recolhi muita informação e até segunda-feira tomarei uma decisão definitiva sobre a matéria», disse, afiançando que não está dentro do processo e não leu o que a comunicação social tem escrito sobre o assunto e só hoje, durante a visita, contactou com o tema em profundidade pela primeira vez.

O advogado, com escritório no Porto, garantiu que, se a questão do acesso ao dossier «se colocar com acutilância» deverá apresentar queixa nas instâncias europeias.

«Se houver limitações, se houver a possibilidade de recorrer a uma convenção internacional que obriga o Estado português, para efeitos de fazer aplicar essa convenção, recorrerei a essa convenção e ao Tribunal Europeu dos Direitos do Homem», sublinhou.

Embora reconhecendo que a lei portuguesa impõe o Segredo de Justiça na fase de instrução dos processos, António Villar advogou que «há mais direito para além daquele que está nas leis».

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O advogado assegurou que, durante a visita de hoje, compreendeu «a sequência lógica dos factos» a bordo do trimarã no dia 17 de Agosto de 2006 e classificou o caso como de «justiça dramática».

Por outro lado, Vilar garantiu que a defesa do meio-irmão de Corine, Thierry Beille - que com ela apanhou boleia de Le Floch a bordo do Intermezzo - «não está em cima da mesa».

Por seu turno, Gilbert Collard apresentou-se no final da visita como «advogado francês, mas sobretudo europeu», que veio acompanhar Vilar, que designou como o «futuro advogado» da arguida.

Sobre o estado de espírito de Corine Caspar, descreveu-o como «num túnel de incerteza» e observou que a arguida «reiterou o que sempre disse».

Desde o início, os dois meios-irmãos defenderam que tudo não terá passado de um acidente, já que o malogrado navegador terá tentado violar a francesa, ao que eles terão reagido com uma agressão de que, incidentalmente, sobreveio a morte.

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