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Milhares de voluntários ajudam Banco Alimentar na recolha

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Na campanha deste fim de semana foram já recolhidas 1.332 toneladas de alimentos

O ambiente no armazém do Banco Alimentar Contra a Fome, em Alcântara, era esta tarde de grande azáfama, com dezenas de voluntários a descarregar, pesar, separar e arrumar os alimentos que chegam dos supermercados.

No sábado, primeiro dia da campanha de recolha de alimentos, os 20 bancos alimentares recolheram 1.332 toneladas de alimentos, disse à agência Lusa a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome.

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Isabel Jonet adiantou que o número de alimentos recolhidos no sábado ficou «ligeiramente abaixo» em relação ao primeiro dia da campanha do ano passado, mas em termos gerais o número é «sensivelmente o mesmo».

«Ontem [sábado] foi o primeiro dia em que houve bom tempo, as pessoas foram para a praia e a maior concentração de dádivas foi ao fim da tarde e à noite, o que colocou até alguns problemas logísticos, porque os voluntários já estão mais cansados e uma parte daquilo que foi doado só foi contabilizado hoje de manhã [domingo]», justificou.

Enquanto uns recolhem os alimentos em 1.818 supermercados de todo país, outros trabalham no armazém para organizar todos os bens doados.

No total são cerca de 40.000 voluntários que ajudam o Banco Alimentar, numa ação que a sua presidente classifica «de megaoperação logística».

Isabel Jonet contou que os voluntários são cada vez mais jovens e aumentam em cada campanha.

Segundo a mesma responsável, o leite é o produto mais necessário e o mais doado em todas as campanhas, seguindo-se o arroz.

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Também o atum e as salsichas são produtos que o Banco Alimentar considera essenciais, uma vez que são os principais alimentos para os sem-abrigo, que não têm fogão.

«Em tempo de crise não houve alterações no tipo de alimentos que as pessoas doam. Desde sempre que as pessoas dão os bens que o banco alimentar pede, que são o leite, arroz, massas, salsichas, atum, azeite, óleo e açúcar», disse, sublinhando que antes da crise surgiam «mais mimos» do que agora, como chocolate para o leite, fruta em calda ou leite condensado.

A voluntária Helena Prata conta também que os portugueses continuam a ser generosos, apesar de darem em menos quantidade.

«As pessoas não deixam de dar, mas há cada vez mais pessoas a doarem menos alimentos», observou.

Neste momento, os 20 bancos alimentares apoiam diariamente 2.221 instituições de solidariedade social em todo o país, que ajudam 378 mil pessoas.

Segundo Isabel Jonet, quase quatro por cento da população portuguesa recebe no seu prato um alimento do banco alimentar todos os dias.

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