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Polícia pode entrar em «estado de desobediência completa»

SINAPOL pede reunião «urgente» com comissão parlamentar e diz que «a classe política tem tratado mal» os profissionais das forças e serviços de segurança

O Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) pediu esta sexta-feira uma reunião ao presidente da comissão parlamentar de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, tendo em conta que as forças de segurança podem «entrar em estado de desobediência completo».

Numa nota, o SINAPOL adianta que a reunião com o social-democrata Fernando Negrão foi pedida «com caráter de urgência», justificando o encontro com o «iminente risco das forças e serviços de segurança entrarem em desobediência completa».

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O presidente do SINAPOL, Armando Ferreira, disse à agência Lusa que quer alertar o presidente da primeira comissão parlamentar para a gravidade da situação, sublinhando que há «elevados indicadores internos» devido aos cortes salariais que levam a concluir que as forças e serviços de segurança podem entrar em «estado de desobediência completa».

Nesse sentido, o SINAPOL quer evitar tal situação e pede uma intervenção da primeira comissão parlamentar para que encontre «uma solução política e diplomática».

Na nota, o sindicato diz ainda que «a classe política tem tratado mal» os profissionais das forças e serviços de segurança.

Os sindicatos da PSP têm marcado para a próxima terça-feira uma reunião em conjunto para discutirem os cortes salariais e os aumentos dos descontos para o subsistema de saúde.

CCP prefere aguardar pelos resultados das reuniões com Governo

A Comissão Coordenadora Permanente dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança vai aguardar pelos resultados das reuniões hoje marcadas pelo Governo, para este mês, para decidir qual a resposta a dar aos cortes salariais.

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A estrutura que congrega os sindicatos e associações mais representativas da GNR, PSP, Serviços de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), Polícia Marítima, Guardas Prisionais e Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) realizou hoje uma reunião para decidir as ações de luta a realizar devido aos cortes salariais.

No entanto, três das estruturas que pertencem à CCP, Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) e Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), receberam hoje uma convocatória para uma reunião, a realizar no dia 21 de janeiro, com os ministros da Administração Interna e da Justiça, respetivamente.

«Tendo em conta que algumas associações e sindicatos receberam as convocatórias e, como privilegiamos sempre o diálogo, vamos aguardar até 21 de janeiro para saber quais as propostas de solução que o Governo vai apresentar às nossas reivindicações», disse aos jornalistas o secretário nacional da comissão coordenadora, no final da reunião desta estrutura.

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Paulo Rodrigues adiantou que, após as reuniões com a tutela, a CCP vai analisar as propostas e definir qual a resposta a ser dada pelos profissionais das forças e serviços de segurança.

O sindicalista, que é também o presidente da ASPP/PSP, sublinhou que a CCP espera que as estruturas que representam os profissionais da Polícia Marítima, SEF e ASAE sejam também recebidos pelos respetivos ministérios.

Paulo Rodrigues sustentou que, desde a manifestação dos polícias de 21 de novembro, marcada pela subida da escadaria da Assembleia da República, não tinham obtido qualquer resposta do Governo às reivindicações.

O secretário nacional da CCP considerou «positiva» a abertura por parte do Governo, mas salientou que «não basta agendar uma reunião», sendo necessário concretizar e dar respostas às reivindicações.

«Se as propostas do Governo não forem de acordo com as expectativas dos polícias, todas as formas de protesto estão em cima da mesa, inclusive uma manifestação», acrescentou.

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