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Lesões de Leonor Cipriano não são todas da mesma altura

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Duas especialistas em Medicina Legal disseram esta quinta-feira no Tribunal de Faro que as lesões de Leonor Cipriano documentadas e fotografadas na prisão de Odemira não foram cometidas todas no mesmo período de tempo por «apresentarem cores diferentes», noticia a Lusa.

«Existem lesões na cabeça, tronco, membro superior e tórax, mas não têm todas a mesma temporalidade, porque têm cores diferentes», disse a médica legista Rosa Maria da Silva, durante a sexta sessão do julgamento dos inspectores da Polícia Judiciária (PJ), envolvidos num processo de alegadas agressões a Leonor Cipriano, na sequência da investigação ao desaparecimento da sua filha Joana em 2004.

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Segundo a especialista Rosa Maria da Silva, autora de um parecer sobre as lesões de Leonor Cipriano baseado nalgumas fotos incluídas no processo, as «lesões derivam de um trauma contundente» e cuja evolução inicia-se com uma cor avermelhada, depois cor roxa negra (até ao terceiro dia da pancada), a seguir roxo azul (até ao sexto dia da pancada), passando ainda por cor verde e por fim amarelada.

Embora com um valor «indicativo» e que pode variar, esta escala de cores permite aos médicos legistas avaliarem a temporalidade dos traumas.

«Uma lesão azul não foi de certeza produzida no dia em que foi fotografada», alegou a especialista, referindo que as fotografias que analisou ou «não foram todas tiradas no mesmo dia» no Estabelecimento Prisional de Odemira ou então «alguma coisa se passou».

A causa das lesões, segundo aquela médica, tanto podem ter sido derivadas de socos (forma activa), como de uma queda de escadas (forma passiva). «Não se pode excluir o soco, mas também pode não ter sido. Não se podem tirar grandes conclusões», admitiu Rosa Maria da Silva.

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