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PJ: sindicato denuncia «falta de homens e de meios»

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A Associação Sindical dos Funcionários de Investigação Criminal (ASFIC) da PJ considera que esta polícia tem carências operacionais «devido à falta de homens e meios», e justifica a redução de detenções com o novo código de processo penal, refere a Lusa.

O presidente da ASFIC/PJ, Carlos Anjos, afirmou que o menor número de detenções levadas a cabo pela Policia Judiciária (PJ), «se deve em parte, à entrada em vigor do novo Código de Processo Penal, em que a prisão preventiva apenas se aplica para crimes com mais de cinco anos de pena».

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Carlos Anjos disse, por outro lado, que a PJ tem carências a nível operacionais e que efectua «menos operações, porque tem menos meios humanos e financeiros».

Uma das razões para esta situação, explicou, é que «os inspectores não recebem qualquer verba por trabalharem durante a madrugada, vão como voluntários».

O sindicalista exemplificou «que ainda esta semana a PJ teve de optar: ou levava a cabo uma operação ou outra» porque faltaram viaturas e agentes.

«Não existia carro para os inspectores» irem dar cumprimento a um mandado judicial, pelo que optaram por um serviço na área económica ou financeira, acrescentou Carlos Anjos.

Para o mesmo responsável, a «falta de operacionalidade da PJ deve-se às políticas economicistas do governo, que pretende que a justiça dê lucro», o que - na sua perspectiva - «não se coaduna com as responsabilidades e áreas de intervenção da PJ».

O governo esteve «três anos sem abrir qualquer concurso de admissão para novos inspectores», o que traduziu a saída em situação de reforma de 240 agentes, sem entrar mais gente para a área de investigação, criticou Carlos Anjos.

O responsável da ASFIC reagia assim a declarações do Director Nacional da Polícia Judiciária, Alípio Ribeiro, que hoje disse que a redução no número de detenções da PJ «não traduz» uma perda de operacionalidade, mas resulta de ter deixado de cumprir mandados judiciais do âmbito de outras polícias criminais.

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