Já fez LIKE no TVI Notícias?

Atropelamento mortal ainda sem resposta

Relacionados

Um ano depois do acidente no Terreiro do Paço, que matou duas mulheres e feriu outra gravemente processo continua em fase de inquérito

Um ano depois do acidente no Terreiro do Paço, que matou duas mulheres e feriu outra gravemente - o processo-crime continua em fase de inquérito, disse este sábado à agência Lusa fonte da Procuradoria-Geral da República.

Segundo a mesma fonte, falta uma perícia do Instituto Superior Técnico que, em princípio, estará pronta dentro de 15 dias e o Ministério Público aguarda o envio do processo pela PSP para proferir despacho.

PUB

Atropelamento mortal em Lisboa

O acidente ocorreu cerca das 05:45 horas de 2 de Novembro de 2007, quando uma condutora de um veículo ligeiro atropelou três mulheres - Filipa Borges, Rufina Rocha e Neuza Rocha Soares, filha de Rufina Rocha - que atravessavam uma passadeira para peões entre o Ministério das Finanças e a Estação Sul e Sueste, junto ao Terreiro do Paço.

Filipa Borges, de 57 anos, e Neuza Rocha Soares, de 20 anos, foram as duas vítimas mortais do acidente - que alegadamente terá sido provocado por excesso de velocidade da condutora do veículo ligeiro -, tendo os filhos de Filipa Borges sido já indemnizados pela seguradora da condutora, a Mapfre, em finais de Maio último.

Em Maio, e segundo declarações do advogado dos herdeiros de Filipa Borges, a Mapfre entregou um cheque de 210 mil euros ao filho mais velho de Filipa Borges como indemnização cível pelo acidente.

PUB

João Paulo Ferreira da Conceição, o advogado que representa a família de Filipa Borges, acrescentou tratar-se de uma verba «negociada» entre ambas as partes como «indemnização por danos patrimoniais e outros à família da vítima».

Por indemnizar continuam os herdeiros de Neuza Rocha Soares e Rufina Silva. Em declarações à agência Lusa, o advogado destas duas vítimas disse que os familiares de Neuza Rocha Soares ainda não foram indemnizados embora haja «disponibilidade» por parte da seguradora Mapfre para um entendimento que «ainda não aconteceu por meras razões burocráticas».

Relativamente a Rufina Rocha, Branco da Silva disse que até ao momento a seguradora da condutora «sempre se portou muito bem para com a vítima», suportando todos os tratamentos que em Portugal quer em Barcelona onde a vítima foi tratada durante algum tempo, acrescentando que ainda não foi atribuída qualquer indemnização uma vez que o processo clínico da sua constituinte «ainda não está concluído».

PUB

Contactada pela Lusa, a seguradora referiu estar a aguardar um «exame médico final» a Rufina Rocha para apresentar uma proposta de indemnização ao advogado da vítima.

Perder a vida a atravessar a rua

Num comunicado a propósito do primeiro aniversário sobre o acidente no Terreiro do Paço, a Associação de Cidadãos Auto-Mobilizados (ACAM) refere que a situação dos familiares das «vítimas continua por resolver e o processo judicial continua a atrasar-se».

«A Câmara Municipal de Lisboa continua a remeter para o Metropolitano de Lisboa a responsabilidade pelas inadmissíveis condições do ambiente rodoviário que contribuiu para a tragédia», refere o comunicado, acrescentando que o único relatório técnico enviado para o Ministério Público pelo Instituto Superior Técnico «respeita à área da engenharia mecânica sem quaisquer dados periciais sobre as condições da via».

Refere ainda a ACAM que «as únicas alterações registadas no local são o aumento do tempo de verde para os peões e a repintura da passadeira», apelando para que o Ministério Público ordene a realização de uma auditoria ao ambiente viário na Avenida Infante D. Henrique que analise as condições, à data do acidente, do pavimento, da semaforização e das estruturas de protecção para peões».

PUB

Relacionados

Últimas