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Alunos de Fafe pedem desculpa à Câmara

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Estudantes lamentam ter «manchado o nome do município» quando atiraram ovos ao carro da ministra

Os estudantes da Escola Secundária de Fafe pediram esta sexta-feira desculpa ao presidente da Câmara por terem «manchado o nome do município» quando atiraram ovos ao carro da ministra da Educação e negaram a intervenção de professores no protesto, refere a Lusa.

Júlia Ana Lopes, a porta-voz de uma delegação de estudantes hoje recebida pelo autarca socialista, José Ribeiro, disse aos jornalistas que o gesto serviu para mostrar ao país que os estudantes da cidade «não são arruaceiros e sabem reconhecer os seus erros».

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«Nem todos tiveram atitudes erradas, mas nós entendemos pedir desculpa pelo conjunto dos estudantes que se manifestaram na terça-feira», declarou.

A dirigente estudantil considerou, no entanto, «inexactas» as declarações do presidente da Câmara que acusou os professores da Escola de participarem na manifestação contra a Ministra Maria de Lurdes Rodrigues: «os professores não tiveram nada a ver com a manifestação e não nos incentivaram», afirmou.

Professores criticaram o gesto

Júlia Ana Lopes disse que, após o acontecimento, «a maioria dos professores reprovou o comportamento dos alunos», lembrando-lhes «a falta de civismo» de atitudes como as que alguns estudantes tomaram durante a manifestação, ao lançarem ovos contra a comitiva governamental.

A manifestação estudantil de terça-feira levou a titular da pasta da Educação a desistir de participar numa cerimónia no estúdio Fénix, a que iria presidir, no âmbito do programa «Novas Oportunidades».

Autarca, «orgulhoso» dos alunos, mantém que professores estiveram envolvidos

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Em declarações aos jornalistas, o presidente da Câmara disse que se sentia «orgulhoso de ter jovens como estes» no concelho, enaltecendo a atitude de «humildade e respeito» inerente ao pedido de desculpas que lhe foi apresentado.

Confrontado com as críticas feitas quinta-feira à noite pelo plenário de docentes da Escola, que repudiaram as declarações do autarca e negaram a intervenção de professores na manifestação, José Ribeiro disse que os «professores já deviam ter-se pronunciado publicamente, repudiando as atitudes dos alunos».

«Como não o fizeram não tenho nada que retirar aquilo que disse», referiu, acentuando que, «todo o país viu que, na manifestação, estavam alunos e professores, alguns dos quais até prestaram declarações à comunicação social».

Os estudantes fizeram, hoje, greve às aulas e manifestaram-se junto ao edifício da Câmara Municipal contra a política do Ministério da Educação, contestando o regime de faltas e as aulas de substituição.

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