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Manif contra postes de muito alta tensão fez muito barulho em Lisboa

São poucos, mas fazem muito barulho. Sobretudo, com a ajuda dos condutores que vão passando na Avenida dos Estados Unidos da América. Os manifestantes, que protestam contra os postes de muito alta tensão, pedem para que os automobilistas buzinem, caso estejam de acordo com as suas pretensões.

Concentrados desde o meio-dia em frente ao edifício da Rede Eléctrica Nacional (REN), os cerca de 70 manifestantes provenientes de Silves pedem «a salvaguarda do meio ambiente e o bem estar» das populações: «nós vivemos num cantinho, num paraíso e esta linha vai prejudicar-nos o ambiente», lamenta Luísa Gonçalves, moradora Vale Fuzeiros, em Silves.

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Acusam a REN de não alterar o traçado Protimão-Tunes (o traçado sul) por motivos económicos: «a norte é uma zona mais montanhosa, onde não há acessos, portanto fica mais caro passar por aí. A sul, é uma zona menos montanhosa, onde há acessos, a «papinha está toda feita», fica muito mais barato», disse Sérgio Santos, porta-voz dos moradores de Vale Fuzeiros.

Sérgio Santos considerou que a empresa «continua com a sua persistência de querer destruir a vida das pessoas e a natureza».

A REN informou em Outubro que irá proceder a uma alteração do traçado da linha Portimão-Tunes, mas sem ir ao encontro dos pedidos da população para que desloque a linha para Norte de Vale Fuzeiros, visto esta zona ser denominada Rede Natura.

Segundo Sérgio Santos, esta mudança consiste apenas numa pequena alteração, que beneficia a localidade de Vale Fuzeiros, mas as outras freguesias nas imediações ficam na mesma situação.

«A nossa solução, a norte, passa por uma zona em que o que está lá é maior praga da serra algarvia, as estevas, onde não há nada, é um deserto! Não há habitações, não há pessoas!», referiu.

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O porta-voz dos moradores acrescentou que teve uma reunião com o secretário de Estado do Ambiente, Humberto Rosa, na qual este «não deu qualquer indicação de existir um problema em as linhas passarem mais a Norte».

A partir das duas da tarde juntam-se ao protesto moradores do concelho de Sintra com o mesmo problema. Prevê-se que os manifestantes cheguem a 200 ao longo do dia.

«Oportunismo político»

João de Freitas Simões, vogal da Junta de Freguesia de Agualva, disse ao PortugalDiário que o «economicismo» em Portugal «não pode ir para a frente em detrimento dos interesses das populações».

E acrescentou: «temos a informação que [os cabos de alta tensão] provocam leucemia e problemas de ordem psicológica», devido ao «campo electromagnético extremamente forte e que seguramente é prejudicial para quem vive perto. Depois é a questão dos valores patrimoniais, pois ninguém quer comprar uma casa junto a um monstro deste género», concluiu.

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