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Violência doméstica «deve envergonhar-nos»

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Maria Cavaco Silva apela à denúncia como única forma de combate ao crime

Maria Cavaco Silva apelou, esta quarta-feira, à denúncia dos casos de violência doméstica como única forma de «acabar com este crime», informa a Lusa.

A mulher do Presidente da República deixou o apelo por ocasião da entrega dos donativos do Bazar Internacional do Corpo Diplomático, promovido pela Associação dos Cônjuges dos Diplomatas Portugueses (ACDP), a várias associações de apoio a vítimas de violência doméstica.

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Na opinião da primeira-dama, a denúncia «talvez tenha sido o grande avanço» em relação à sociedade que disse ter conhecido «há umas décadas atrás» e a actual. «Enquanto as mulheres, as pessoas, as vítimas não tiverem força, porque [no passado] tinham vergonha de denunciar, nós não avançamos rigorosamente nada», sublinhou.

Mulheres violadas têm medo da queixa

Para Maria Cavaco Silva, a denúncia é o caminho para acabar com este crime. «Quando há a capacidade de denunciar, quando a lei já considera crime, porque nem crime era considerado, então aí já estamos com certeza a caminhar para a solução, mas vejo-a ainda muito longe, infelizmente», defendeu.

«O tema da violência doméstica é uma das coisas que mais nos deve envergonhar e, infelizmente, continua a ser muito actual», apontou.

A presidente da ACDP explicou por que é que a violência doméstica foi o tema escolhido para o Bazar de 2008, uma vez que todos os anos, desde 1984, cada ano tem um tema diferente.

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«Este ano [a violência doméstica] está muito visível, vem todos os dias nos jornais que há mulheres, há crianças, há idosos vítimas de maus tratos e isso faz muita impressão, porque, como dizia a doutora Maria Cavaco Silva, no lar é que nós devemos encontrar a nossa segurança e, afinal, é aí que se encontram os ditos maus tratos», adiantou a embaixatriz Maria da Conceição Côrte-Real.

Vindos de 29 representações diplomáticas estrangeiras, os cerca de 46.400 euros angariados durante o Bazar no Natal de 2008 juntaram-se aos quase 18.400 euros da contribuição portuguesa, chegando a um total de 60.500 distribuído por dez associações de apoio a vítimas.

A Conferência São João Baptista de Alhandra foi a que recebeu a fatia maior, um cheque de 10.500 euros. «Estamos a arranjar uma casa para acolher pessoas desta área. Era uma casa degradada e precisava dessas obras e fizemos o pedido nesse sentido e vamos neste momento arrancar com todo o trabalho para depois fazermos a inauguração», uma das responsáveis pela instituição.

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