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«Contra os ladrões, marchar, marchar»

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Fenprof diz que medidas do OE são «um verdadeiro roubo, quase um assalto à mão armada» e alerta que o País está a ser conduzido para «um buraco fundo, onde não há túnel, quanto mais luz»

O secretário geral da Fenprof, Mário Nogueira, considerou esta sexta-feira que as medidas anunciadas pelo primeiro-ministro, Passos Coelho, para o Orçamento de Estado 2012 são «um verdadeiro roubo, quase um assalto à mão armada».

Antes de reunir em Viseu com uma delegação do Conselho Nacional do partido Os Verdes, Mário Nogueira sublinhou aos jornalistas que no caso concreto dos professores, as medidas anunciadas quinta-feira por Passos Coelho significam «um corte de cerca de 15 por cento do rendimento» no próximo ano.

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«E se juntarmos o ano de 2011 e 2012, significa qualquer coisa como 25 a 30 por cento de redução real do salário dos professores», acrescentou.

O secretário-geral da Fenprof sustenta que o corte de 800 milhões no sector da Educação «vai traduzir-se em muito desemprego», recordando que já este ano há mais 12.540 professores desempregados que no ano lectivo passado.

Para o próximo ano lectivo estima-se que o número duplique e que atinja até professores dos quadros. «Trata-se de um roubo aos salários, ao emprego e aos direitos, em que apetece dizer contra os ladrões, marchar, marchar», apontou.

Mário Nogueira alerta que o País está a ser conduzido para «um buraco fundo, onde não há túnel, quanto mais luz».

Na sua opinião, a Educação e as escolas «vão levar uma pancada enorme», numa altura em que defende já estarem a funcionar nos limites mínimos.

«Se já tivemos um corte na ordem dos 6% este ano, se vamos ter novo corte no próximo ano e ainda por cima vamos ter a electricidade com taxa máxima de IVA, provavelmente muitas escolas vão ter de fechar», alegou.

Mário Nogueira frisou ainda que «nem sequer se deve pensar que as famílias vão ter capacidade de poder custear essa diferença, porque as famílias estão neste momento completamente empobrecidas».

Aos jornalistas disse ainda que espera que os todos os trabalhadores «saiam à rua, pois seria muito curto se fossem só os professores», visto tratar-se de «um problema que hoje afecta o país inteiro».

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