A família da bebé que sábado foi encontrada sozinha em casa em Darque, Viana do Castelo, está a ser acompanhada pela comissão de protecção de menores desde Outubro, por negligência, informou a Segurança Social, citada pela agência Lusa.
O director do Centro Distrital de Solidariedade e Segurança Social de Viana do Castelo, António Correia, disse à Lusa que a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco «não tem qualquer registo» de maus-tratos àquela bebé, que esta terça-feira completou um ano de idade.
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Segundo a PSP de Viana do Castelo, a bebé foi sábado encontrada sozinha em casa, fechada num quarto, a gatinhar.
Bebé abandonada em casa com fome
Mãe foi jogar e deixou o filho fechado em casa
«Estava seminua, a arrastar-se pelo chão, aparentando ter frio e fome», referiu a fonte.
A mãe, doméstica, 45 anos de idade e com mais três filhos, «só apareceu em casa quase três horas depois».
A fonte policial acrescentou que a situação daquela família «já estava há algum tempo referenciada» pela Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJR) de Viana do Castelo e revelou que a bebé foi entregue a um centro de acolhimento temporário da cidade, onde ficará até que as entidades competentes decidam o seu destino.
A PSP sustenta ainda que o caso configura uma situação de maus-tratos e de negligência, encontrando-se neste momento em fase de inquérito.
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Fonte da CPCJR de Viana do Castelo apenas confirmou que foi «aplicado o procedimento de urgência» habitual nestes casos, escusando-se a quaisquer outros comentários, por estar em curso um inquérito judicial para decidir do futuro da criança.
O Ministério Público deverá decidir «dentro de poucos dias» o destino da bebé, em articulação com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco.
Segundo os vizinhos, a mãe já terá alegado que tinha ido ao hospital visitar o marido, que sofreu um enfarte, e que deixara a bebé em casa com o seu «meio-irmão», de 16 anos.
Entretanto, acrescentou, este decidiu «ir tocar bombo» e deixou a criança sozinha em casa, fechada no quarto, na companhia do cão.
Os vizinhos aplaudiram a retirada da criança aos pais, mas criticaram a intervenção «tardia» das entidades responsáveis pela protecção de menores.
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