O Ministério Público (MP) vai decidir, «dentro de poucos dias», o destino de uma bebé de um ano que foi encontrada, sábado, sozinha em casa, fechada num quarto, em Darque, Viana do Castelo, noticia a agência Lusa.
A bebé, que completa esta terça-feira um ano, foi imediatamente retirada aos pais e colocada provisoriamente num centro de acolhimento, refere fonte da Segurança Social.
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Neste momento decorre a fase de inquérito judicial para decidir o destino da criança. «A decisão será tomada pelo MP, em articulação com a Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CPCJR), e, como é normal nestes casos, será necessariamente muito rápida», sublinhou a fonte.
Queixas de violência doméstica disparam
Mãe foi jogar e deixou o filho fechado em casa
Segundo a PSP de Viana do Castelo, uma bebé de um ano, residente em Darque, foi sábado encontrada sozinha em casa, fechada num quarto, a gatinhar.
«Estava seminua, a arrastar-se pelo chão, aparentando ter frio e fome», acrescentou a fonte policial.
Em comunicado, a PSP acrescenta que a situação daquela família «já estava há algum tempo referenciada» pela CPCJR de Viana do Castelo e revelou que a bebé foi entregue a um centro de acolhimento temporário da cidade, onde ficará até que as entidades competentes decidam o seu destino.
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A PSP sustenta ainda que o caso configura uma situação de maus-tratos e de negligência, encontrando-se neste momento em fase de inquérito.
Vizinhos deram alerta
Os factos reportam-se a sábado, quando vizinhos ouviram o choro «alto e insistente» de uma criança e chamaram a polícia.
Ao aperceber-se que a bebé estaria sozinha em casa, a PSP pediu a intervenção dos bombeiros, que se introduziram na residência por uma janela, encontrando a criança fechada num quarto, a gatinhar, «seminua, a arrastar-se pelo chão, aparentando ter frio e fome».
A mãe, doméstica, de 45 anos, só apareceu em casa «quase três horas depois».
Segundo uns vizinhos, a mãe já terá alegado que tinha ido ao hospital visitar o marido e que deixara a bebé em casa com o seu «meio-irmão», de 16 anos. Entretanto, acrescentou, este decidiu «ir tocar bombo» e a criança acabou por ficar sozinha.
Fonte da CPCJR de Viana do Castelo apenas confirmou que foi «aplicado o procedimento de urgência» habitual nestes casos, escusando-se a quaisquer outros comentários, por estar em curso um inquérito judicial.
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