A empresa holandesa TranCroNe (TCN), que venceu o concurso público realizado pela Câmara do Porto para a reabilitação do Mercado do Bolhão, divulgou esta quinta-feira ao PortugalDiário a primeira imagem tridimensional do ante-projecto para a requalificação daquele espaço.
O projecto definitivo ainda terá que ser submetido à aprovação da Câmara do Porto e do IGESPAR (Instituto de Gestão do Património Arquitectónico), antes de poderem começar as obras.
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A Câmara do Porto assinou a 23 de Janeiro um contrato com a TCN, onde se prevê que a autarquia ceda o edifício em direito de superfície por 50 anos, recebendo um milhão de euros no momento da emissão da licença de construção e uma percentagem dos resultados de exploração a partir do décimo ano.
Porto: momento de agitação no Bolhão
Igespar acompanha o projecto do Mercado do Bolhão
Segundo Pedro Neves, engenheiro responsável pela obra, esta «imagem do Mercado do Bolhão requalificado, demonstra a preocupação em preservar a memória que todos os comerciantes e cidadãos têm deste edifício e da sua alma».
A TCN pretende que o Mercado do Bolhão mantenha a traça original e que a área comercial tradicional seja complementada com novas lojas, metade das quais de cultura, lazer e restauração.
Este projecto tem sido contestado por um movimento cívico de intervenção, que já entregou na Assembleia da República uma petição com cerca de 50 mil assinaturas, e admite interpor uma providência cautelar para impedir o início das obras.
As origens do Mercado do Bolhão, um dos edifícios mais emblemáticos da cidade, remontam a 1838, quando a Câmara do Porto decidiu construir uma praça em terrenos adquiridos ao cabido.
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