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Porto: suspeitos de terrorismo

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11 detidos já saíram do TIC e serão ouvidos amanhã. Vários estão indiciados pelo crime de terrorismo e associação criminosa. «Ficaram abismados com o crime pelo qual são acusados», revela advogada. Segundo apurou o PDiário, as provas são escassas Jornalista leva cabeçada Pidá não quis falar

[Artigo actualizado às 19h57]

Vários arguidos detidos este domingo, no âmbito da mega-operação contra os homicídios no Porto, estão indiciados pelo crime de terrorismo. A informação foi avançada aos jornalistas pela advogada Fátima Castro, que representa os arguidos Sandro Onofre e Paulo Aleixo.

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«Os arguidos ficaram abismados com o crime que lhes é imputado. Parece show-of para desviar as atenções de outros problemas do Porto», referiu a causídica, à saída do Tribunal de Instrução Criminal do Porto.

Esta segunda-feira, os detidos apenas foram identificados e questionados sobre antecedentes criminais. Os interrogatórios ficaram marcados para amanhã, terça-feira, às 09h30.

Pouco antes da saída dos suspeitos, os amigos e familiares que aguardavam à porta do TIC deixaram uma promessa aos jornalistas presentes no local. «Amanhã trazemos tomates para vos atirar», avisaram, depois de esta manhã uma jornalista ter sido agredida com uma cabeçada.

Os crimes

À medida que forem decorrendo os interrogatórios no Tribunal de Instrução Criminal, os detidos ficarão a conhecer em concreto os pormenores dos crimes por que estão indiciados.

Segundo as informações prestadas aos jornalistas no domingo, os indivíduos capturados na operação «Noite Branca» estavam indiciados pelos crimes de associação criminosa, homicídio voluntário, tráfico de estupefacientes, receptação e detenção de armas proibida.

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Uma das consequências é a aplicação da lei especial de protecção de testemunhas. ( Veja aqui em que consiste)

Que provas existem?

Ao que o PortugalDiário apurou junto de fonte próxima do processo, os indícios recolhidos durante a operação serão «escassos» e deverão apenas permitir a aplicação da medida de coacção mais gravosa, prisão preventiva, a dois ou três dos suspeitos.

A Polícia Judiciária deposita «esperança» nos resultados dos testes de balística e aos automóveis apreendidos.

Detidos ouvidos em Tribunal

Onze dos 14 suspeitos detidos no domingo no âmbito dos processos relativos à morte do empresário da noite Aurélio Palha e do segurança de Miragaia, Ilídio Correia, chegaram ao Tribunal de Instrução Criminal do Porto por volta das 15:30.

A recepção foi feita debaixo de gritos e choros dos familiares dos detidos que têm um cordão policial a detê-los em ambos os lados da rua.

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Os arguidos prestaram informações sobre os dados pessoais à juíza de instrução criminal, Anabela Tenreiro. No tribunal esteve ainda a procuradora Helena Fazenda, nomeada pela Procuradoria Geral da República para chefiar as investigações aos crimes ocorridos na noite portuense.

Ausente esteve o procurador Felisberto Teixeira, que até aqui conduziu os inquéritos aos homicídios na noite do Porto, depois de ter recusado integrar a equipa de Helena Fazenda.

Operação Noite Branca

No passado domingo, 14 pessoas foram detidas, numa mega-operação montada no Porto, Gaia e Gondomar, envolvendo 202 agentes da Judiciária e a participação da PSP.

Quando os investigadores saíram para a rua, antes das sete da manhã, tinham nas mãos nove mandados de detenção, emitidos pela juíza de instrução criminal, mas apenas cumpriram oito, já que um dos arguidos, conhecido por «Palavrinhas», não foi encontrado.

Os restantes detidos foram-no em situações de flagrante delito associadas, designadamente, à posse ilegal de armas e de droga.

Em conferência de imprensa, ainda no domingo, o director nacional da PJ, Alípio Ribeiro, que acompanhou a operação no Porto, disse ainda que há mais de uma semana que esta mega-operação estava «desenhada» e que não vai ficar por aqui.

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