Quinta-feira, véspera da cimeira da NATO, que se realiza no Parque das Nações, em Lisboa. Os habitantes daquela zona da capital já sabem que o resto da semana está estragada. Mal se podem deslocar e vão fazendo contas para encontrar a estrada certa que os levará ao local de trabalho.
A capital portuguesa apresenta um dos seus mais modernos equipamentos como palco para uma cimeira que se prevê histórica. Muitos milhares de pessoas vão acorrer à FIL para assistir, participar ou observar. Agentes de segurança, serviços de inteligência, militares, muitos olhos atentos a todos os movimentos dos senhores do mundo, que se apresentam para aterrar na Portela.
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Já a partir desta quinta-feira começam a chegar a Lisboa os primeiros representantes nacionais, que vão aproveitar para encetar contactos com outros países. A cimeira da NATO poderá ser o pretexto para outras pontes em tempos de crise.
Os números que rodeiam esta Cimeira são impressionantes. Só à espera de Barack Obama estão cerca de mil elementos, desde equipas de segurança, passando por conselheiros políticos e unidades de protocolo. A chegada do presidente dos Estados Unidos está agendada para sexta-feira, sendo previsível que utilize a pista de Figo Maduro para aterrar o «Air Force One».
As preocupações com a segurança são mais que muitas, pelo que os especialistas estimam a presença de dez mil elementos ligados às autoridades. A grande maioria portugueses, mas também muitos estrangeiros e cerca de três mil ligados aos serviços secretos. Ninguém quer arriscar um milímetro, dado que vão estar presentes em Lisboa Barack Obama, Medvedev, Angela Merkel, David Cameron, Nicolas Sarkozy, entre outros.
As sessenta delegações vão ser distribuídas por 17 hotéis, ainda que os presidentes americano e russo optem por pernoitar nas suas embaixadas. O isolamento dos líderes será praticamente total e o contacto com o público absolutamente nulo, o que obrigará a grandes constrangimentos no trânsito e nos transportes em geral.
Na véspera do arranque da Cimeira ainda poucos eventos acontecerão, pelo que o grande aperto vai sentir-se na sexta-feira, com estradas fechadas e muito mais restrições. Será o tempo para os senhores do mundo decidirem o futuro da Organização que se habitou a ser a polícia do mundo.
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