No requerimento em que pede a abertura da instrução, José Penedos refere-se ao seu filho desta forma: «Paulo Penedos tem uma personalidade marcada pelo exibicionismo, até algo mitómana».
Um grave problema, nas palavras do arguido pai, para quem as conversas telefónicas em que Penedos «filho» promete ajudar o empresário das sucatas mais não são do que falas criativas.
Também Paulo Penedos tem argumentos para destruir a acusação durante a fase de instrução. O antigo consultor jurídico de Manuel Godinho alega que a destruição das escutas telefónicas envolvendo José Sócrates sem que os arguidos as tivessem podido consultar implica a nulidade de todo o processo. Um argumento já defendido anteriormente pelo próprio ministério público de Aveiro.
Também para Armando Vara, acusado no mesmo processo, a acusação não passa de uma invenção ridícula e que fez do primeiro-ministro uma obsessão. «Armando vara, por força das suas relações pessoais e do seu próprio percurso político e profissional, é a estrela do cartaz, mesmo não sendo criminoso».
Num ponto os arguidos mais mediáticos do processo estão de acordo. O inquérito, incluindo as escutas e a acusação, são nulos porque o caso deveria ter sido investigado no Departamento Central de Investigação e Acção Penal.
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