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Malangatana faz mural com 120 metros em Oeiras

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Pintor é considerado o maior artista plástico de Moçambique

O pintor moçambicano Malangatana, considerado por muitos como o maior artista plástico de Moçambique e um dos maiores de África, vai criar um mural com mais de 120 metros para ser colocado em Oeiras, nos arredores de Lisboa.

Em declarações à Agência Lusa, o presidente da Câmara de Oeiras, Isaltino Morais, adiantou que pretende instalar a obra do pintor moçambicano no Parque dos Poetas, um dos «ex-libris» do concelho.

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«É nosso propósito que, até ao final de 2008 ou início de 2009, o Malangatana possa estar algumas semanas, talvez mais de um mês, a fazer o trabalho que lhe foi adjudicado», disse.

«Universalização da língua portuguesa e da lusofonia»

Para Isaltino Morais, que falava em Maputo, à margem do lançamento, na quinta-feira, de um dicionário patrocinado pela Câmara de Oeiras, o mural de Malangatana será «um trabalho extraordinário» e traduz a aposta do município a que preside na «universalização da língua portuguesa e da lusofonia».

Na apresentação do dicionário Português-Guitonga (o principal dialecto falado na província de Inhambane, no sul de Moçambique), Isaltino Morais apontou ainda o município de Oeiras como um «caso exemplar» em termos de cooperação prática com os municípios de países de expressão portuguesa, com os quais existem acordos de geminação.

«Em termos daquilo que é a cooperação descentralizada entendemos que cabe aos municípios um papel fundamental e Oeiras ao longo dos últimos 15 anos - e penso que é caso exemplar em Portugal - tem apostado nas geminações com municípios de países de expressão portuguesa», afirmou.

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«São geminações que se concretizam através da realização de acções que passam desde a concessão de bolsas de estudo para universidades portuguesas, mas também naquilo que são acções na área do ambiente, ordenamento do território e desenvolvimento organizacional das câmaras municipais», disse ainda.

Para o autarca português, o projecto do dicionário (ideia lançada em 1999 pelo escritor moçambicano Mia Couto, presente na cerimónia) é «talvez um dos melhores trabalhos que se podem fazer na difusão da língua portuguesa».

«É um projecto do ponto de vista cultural que ultrapassa as fronteiras de uma geminação Oeiras-Inhambane. É um projecto verdadeiramente nacional», sintetizou.

A obra, impressa em Lisboa, foi coordenada pela linguista moçambicana Sara Jona.

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