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Armas/PSP: arguido nega acusação e fala em cabala

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Antigo chefe da Divisão de Armas e Explosivos da PSP foi ouvido hoje

O antigo chefe da Divisão de Armas e Explosivos da PSP, Celestino Soares, desmentiu esta terça-feira qualquer envolvimento no processo «armas/PSP», onde é acusado de dois crimes de corrupção passiva, e alegou ser uma «cabala» contra si, noticia a agência Lusa.

«Nego completamente todos os factos de que sou acusado», afirmou Celestino Soares na primeira sessão de julgamento de 28 arguidos, dos quais 16 funcionários da PSP, relacionado com posse e comércio ilegal de armamento e que decorre no Tribunal da Boa-Hora, Lisboa.

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Celestino Soares fez parte de uma comissão que foi a Bruxelas discutir as novas directivas sobre armas e teve várias reuniões no Ministério da Administração Interna sobre a nova Lei das Armas e foi isso que - disse - provocou «inveja» e lhe valeu o envolvimento neste processo.

O antigo responsável da Divisão refutou toda a acusação do Ministério Público e apontou o dedo à Direcção Nacional da PSP, alegando que se limitava a fazer pareceres cujos despachos eram da responsabilidade do director nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP).

Segundo o arguido, a sua função era «burocrática», dando pareceres para acordos prévios, isto é, sobre se o armeiro tinha alvarás e licenças para importar determinado tipo de armas.

Celestino Soares, que chegou a estar preso preventivamente, estranhou no processo não estar completo o organigrama do Departamento de Armas e Explosivos, faltando-lhe a Divisão Técnica e de Fiscalização.

«A PSP deveria ter fiscalizado as armas quando chegaram aos armeiros e não o fez e isso não era da minha responsabilidade», acusou.

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Celestino Soares negou «categoricamente» ter vendido peças de armas da sua Divisão ou ter recebido 2.500 euros de agente Henrique Martinho (principal arguido).

Quando às apreensões que efectuaram na sua residência - revólver, caneta de gás pimenta, material pirotécnico - confirmou-as, mas explicou que nada do que foi apreendido é ilegal.

O revólver era uma arma de ornamentação, não funciona, não tem calibre e foi uma das armas, da PSP, que serviu para mostrar ao secretário de Estado da Administração Interna, José Magalhães», explicou.

Quando cerca das 16h45 o procurador do Ministério Público se preparava para questionar o arguido, este recusou-se a responder, alegando «estar cansado».

Em finais de Março de 2006 foi realizada uma operação policial em vários distritos do país que conduziu à detenção de 29 pessoas e à apreensão de «várias centenas de armas e munições», segundo referiu na altura a própria Direcção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP).

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