[Artigo actualizada às 20h09]
Mais de mil pessoas já assinaram a petição on-line contra as novas medidas de higiene da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE), escreve a Lusa.
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A petição, intitulada «Não às novas medidas de higiene alimentar da ASAE» por considerá-las «contra o povo português», tinha até meio da tarde de hoje 1.043 assinaturas.
Sem autor nem data de início, a petição visa reclamar contra a proibição da venda de produtos alimentares não empacotados, contra a proibição da utilização de chávenas de porcelana para chás e cafés e de copos de vidro para outras bebidas.
De acordo com o texto a circular on-line, os princípios usados pela ASAE são «duvidosos e obsessivos» e o facto de se preferir a utilização de copos de plástico significa para os assinantes a promoção de uma política de «desperdício», que terá como resultado final o aumento da produção do lixo.
«Como nos podem exigir que bebamos café em copos de plástico, como podem impedir a venda de bolas de Berlim nas praias, ou proibir que os cafés vendam produtos de fabrico próprio não empacotados?», são algumas questões postas.
«Contra a subserviência ao monopólio dos plásticos e do petróleo e a favor da tradições do bem comer e bem beber portuguesas, assinamos esta petição», é o apelo feito aos leitores para aderir ao protesto.
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A petição finaliza com o apelo à luta por «aquilo que de melhor existe no país» e que «faz de todos nós portugueses».
Petição é disparate
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) considera que a petição on-line «Não às novas medidas de higiene alimentar da ASAE» é «um profundo disparate sem qualquer fundamento».
«A petição é um profundo disparate sem qualquer fundamento, uma invenção de alguém muito brincalhão», disse à Lusa fonte oficial da ASAE, a propósito da petição on-line que se opõe aquilo a que chama «novas medidas de higiene alimentar da ASAE».
«A ASAE não impõe medidas, é uma entidade fiscalizadora, não legisla, apenas fiscaliza o que está disposto na lei», afirmou o assessor, que acrescentou que se qualquer das proibições descritas na petição estivesse prevista, a ASAE já teria sido informada.
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