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Venezuela: polícia investiga morte de português

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Empresário estava desaparecido há seis dias. Corpo foi encontrado quinta-feira na berma da estrada

A polícia venezuelana está a investigar as causas de morte do empresário português, Armindo Seabra de Almeida, desaparecido há seis dias na localidade de Los Teques, 25 quilómetros a sul de Caracas, cujo corpo foi encontrado na quinta-feira, revelou à Agência Lusa fonte policial.

«O corpo foi encontrado em avançado estado de decomposição e estamos a investigar as verdadeiras causas da morte», disse a fonte.

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Por outro lado, precisou que o corpo do emigrante foi encontrado na berma «da estrada velha Caracas ¿ La Guaira», uma zona montanhosa que liga a capital do país ao vizinho Estado de Vargas (20 quilómetros a norte).

«De momento não é possível precisar há quanto tempo faleceu nem há quanto tempo estava na berma da estrada», frisou.

Armindo Seabra de Almeira, de 60 anos, era natural de Sangalhos, concelho de Anadia, Aveiro, e proprietário da Arpaca, uma importante empresa distribuidora de papel e materiais plásticos.

Foi visto pela última vez sábado pelas 06:20 horas locais (11:50 horas em Lisboa), quando esteve numa padaria frente ao Centro Comercial La Casona (nas proximidades de Los Teques), onde todos os dias tomava o pequeno-almoço. O corpo foi identificado pela esposa.

Segundo diversas fontes, os familiares Armindo Seabra de Almeida suspeitaram desde início que se tratava de um sequestro, estando ainda à espera de um contacto dos raptores que vários empresários dizem não ter acontecido.

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Armindo Seabra de Almeida era uma pessoa bastante respeitada pela comunidade lusa da Venezuela, principalmente a de Caracas, onde era sócio do Centro Português e membro da direcção do Instituto Português de Cultura.

Empresários portugueses preocupados

«Pedimos ao governo nacional que tome medidas preventivas para que todos os venezuelanos e estrangeiros que vivem neste país possamos andar na rua com tranquilidade, sem temor de ser assassinado ou sequestrado, sem o temor e as dúvidas de saber se quando alguém se aproxima é um amigo ou um inimigo», disse à Agência Lusa o presidente da Câmara Venezuelana Portuguesa de Comércio e Turismo.

Segundo José Luís Ferreira «a maioria dos empresários de Caracas não tem conhecimento do desenlace fatal» de Armindo Seabra de Almeida, «um colega da direcção da Câmara de Comércio que presido, um amigo de há mais de 30 anos».

«Sentimos uma grande dor por ele e pela família, porque tínhamos a esperança que continuasse com vida», comentou José Luís Ferreira que sublinhou que alguns empresários ficaram «aturdidos» com as últimas notícias e «preocupados com a alta insegurança no país».

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«Pedimos ao governo nacional que de uma vez por todas deite as mãos para combater a insegurança, não só pelos empresários, mas também para evitar as mortes que a diário se registam na Venezuela e que são muitas, pela dor dos que perdem um amigo ou um familiar», disse.

Segundo José Luís Ferreira a insegurança é um problema mundial «que tem um nível muito perigoso» na Venezuela.

No seu entender «Portugal tem experiência em sequestros, a Venezuela também, com vontade política e social essa poderia ser uma área de cooperação a futuro».

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