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20 luso-venezuelanos sequestrados este ano

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Cinco deles crianças de 14 a 17 anos. Muitas famílias escondem casos dos media e dos consulados e tentam resgatar os reféns sozinhos

Dados divulgados na quarta-feira pelo Corpo de Investigações Científicas, Penais e Criminalísticas (Cicpc, a antiga Polícia Técnica Judiciária venezuelana) revelam que entre Janeiro e Junho de 2008 pelo menos 203 pessoas foram sequestradas na Venezuela.

Os dados incluem, segundos fontes comunitárias, os 20 luso-venezuelanos que foram sequestrados em diferentes localidades, mas principalmente nas cidades de Caracas e Barquisimeto, cinco deles crianças de 14 a 17 anos de idade, uma particularidade que é considerada nova.

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Segundo a Agência Lusa apurou, quatro dos casos que envolvem portugueses ocorreram no mês de Junho, registando-se uma tendência acentuada da comunidade para ocultar as diferentes situações da imprensa e dos próprios consulados.

Segundo o comissário Sérgio González, chefe da Divisão Anti-Extorsão e Sequestro do Cicpc, as 203 pessoas integram 179 casos autónomos, tendo a polícia venezuelana resgatado 167 pessoas.

Comparativamente a igual período do ano anterior, o número de expedientes abertos por casos de sequestro aumentou 44 por cento, passando de 124 para 179, dos quais 70 por cento estão ainda sob investigação.

Resgatados sem ajuda da polícia

A polícia tem dados de 17 casos em que os familiares conseguiram a libertação dos sequestrados, negociando directamente com os raptores e também de 35 situações de sequestro expresso em que as vítimas foram privadas da liberdade durante algumas horas e obrigadas a efectuar levantamentos de dinheiro em caixeiros bancários.

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Segundo Sérgio González, alguns dos casos são perpetrados por dissidentes de grupos guerrilheiros colombianos que fazem incursões em território venezuelano.

Durante as diferentes operações policiais foram detidas 35 pessoas, seis raptores morreram em confrontos com a polícia e outros 14 estão identificados e são procurados pelas autoridades.

No Distrito Capital, a polícia desarticulou seis grupos de raptores que se dedicavam ao sequestro expresso e procura outras duas que operam nas localidades de Cátia e Las Mercedes, onde se registam frequentemente roubos de veículos e onde um número significativo de portugueses têm os seus estabelecimentos comerciais.

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