O papel das mulheres na ciência portuguesa vai ser distinguido na próxima sexta-feira na estreia dos prémios anuais do Ciência Hoje, um jornal on-line de informação científica lido em 38 países e único no seu género, escreve a Lusa.
Os primeiros «Seeds of Science» serão entregues à responsável pela Agência Ciência Viva, Rosália Vargas, e às investigadoras Maria Mota e Mónica Bettencourt-Dias no Casino da Figueira da Foz, numa sessão que será presidida pelo ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Mariano Gago.
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«Sendo a primeira vez que atribuímos os prémios, achámos que devíamos realçar a importância das mulheres na ciência em Portugal», disse à agência Lusa o jornalista Jorge Massada, director da publicação.
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Rosália Vargas, actual vereadora da Educação e Juventude e da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa, e membro do Conselho Nacional de Educação, será distinguida pelo seu empenho no desenvolvimento da ciência, nomeadamente na direcção da Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica Ciência Viva.
A direcção do Ciência Hoje decidiu galardoar Maria Mota, pela qualidade e relevância do seu trabalho de investigação em malária, que lhe mereceu o prémio CESPU 2007, da Cooperativa de Ensino Superior Politécnico e Universitário, e pela sua actividade à frente da Associação Viver a Ciência, uma organização sem fins lucrativos de que é fundadora e presidente.
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Quanto a Mónica Bettencourt-Dias, a escolha deveu-se à sua «excelente actividade científica», galardoada no ano passado com os prémios Criostaminal, Eppendorf para jovem investigador europeu e Pfizer de investigação básica.
Os prémios
Os «Seeds of Science», criados em 2007, são prémios honoríficos constituídos por uma estatueta simbólica e serão entregues num jantar a que se seguirá o espectáculo do Casino da Figueira da Foz.
O número de visitantes do site Ciência Hoje (http://www.cienciahoje.pt) tem registado um crescimento acentuado desde a sua criação, segundo o director, que apontou como exemplo a passagem de «95 leitores num domingo de Agosto de 2005 para os cerca de 13.000 diários na actualidade».
Isso e o facto de em 2007 ter sido lido em 38 países, entre os quais o Japão e os Estados Unidos, faz do Ciência Hoje «um fenómeno único» entre as publicações congéneres, que se explica pela sua «persistência e diversificação», considerou Jorge Massada. O jornal, que a 20 de Março completa três anos de publicação permanente.
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