O presidente do Conselho das Escolas (CE) defendeu esta sexta-feira que o modelo de avaliação de desempenho dos professores deve ser revisto, considerando, no entanto, que a alternativa proposta pelos sindicatos não é credível.
«O actual modelo deve ser revisto», afirmou Álvaro Almeida dos Santos, em declarações à agência Lusa, adiantando que, por ser «complexo e difícil», os resultados da sua aplicação «poderão ficar aquém do esforço realizado» pelas escolas.
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Segundo o presidente deste órgão consultivo do Ministério da Educação (ME), «os sindicatos deveriam apresentar uma proposta alternativa que fosse justa, credível e séria», o que até agora não aconteceu.
«A proposta que apresentaram no mínimo não é credível, nomeadamente porque se baseia em pressupostos que já estavam ultrapassados», afirmou o responsável.
Em declarações à Lusa, Álvaro Almeida dos Santos afirmou que não fará greve na próxima segunda-feira, alegando que a realização de um protesto deve ser acompanhada da apresentação de propostas alternativas.
Sem solução à vista
«Não vislumbro perspectivas de construção de uma solução e é essa a minha objecção», justificou.
Menos de dois meses depois da última paralisação nacional, os professores voltam segunda-feira à greve contra o modelo de avaliação de desempenho definido pelo Governo, contestando ainda a divisão da carreira em duas categorias e a existência de quotas para aceder à mais elevada.
A 3 de Dezembro, a greve contou com uma adesão de 94 por cento, segundo os sindicatos, e de 61 por cento, de acordo com o Ministério da Educação.
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