A PSP deixou de revelar o número de participantes em manifestações, não o tendo feito já na última concentração de professores que, segundo os sindicatos, terá reunido perto de 120 mil docentes.
De acordo com o semanário «SOL», a decisão foi tomada depois de o Governo ter ficado irritado com a divulgação pela PSP do número (100 mil) de professores que participaram na concentração de 8 de Março.
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As ordens recebidas vão no sentido de não contabilizar mais o número de manifestantes. Daqui em diante, a PSP só contabilizará números para fins operacionais.
Em declarações ao «SOL», o director-nacional da PSP, Oliveira Pereira, assume a autoria da decisão, esclarecendo: «Foi minha e tem carácter definitivo. Cheguei à conclusão de que não há nenhuma mais-valia nessa divulgação para a PSP, os manifestantes, os sindicatos ou os jornalistas porque há sempre discrepâncias».
Recorde-se que, durante a última semana, as relações públicas da PSP remeteram a divulgação dos números para o Governo que, segundo o «SOL», não respondeu.
Confrontado pelo mesmo jornal, com o facto de o Executivo acreditar que as forças policiais estariam a inflacionar o número de manifestantes devido aos interesses dos sindicatos, o presidente da Associação Sócio-Profissional de Polícia, Paulo Rodrigues, classificou a acusação de «ridícula» e aplaudiu a iniciativa da direcção nacional de remeter para o Executivo a revelação dos números.
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