O movimento de professores contratados e desempregados promove na quinta-feira um protesto em Lisboa contra medidas como a revisão curricular ou os mega-agrupamentos, que consideram ameaçar dezenas de milhares de docentes com o desemprego.
Belandina Vaz, professora da organização do «Protesto dos Professores Contratados e Desempregados», constituído o ano passado e divulgado na Internet através do Facebook e outras redes sociais, afirmou à agência Lusa que se prepara uma «machadada ainda maior» que nos outros anos na escola pública.
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Medidas como a revisão curricular, através da qual o Governo pretende poupar «102 milhões de euros» e que consistiu na extinção e fins de desdobramentos de disciplinas nos currículos do ensino básico e secundário, visam «eliminar horários».
Juntamente com os mega-agrupamentos, referentes às agregações de escolas, é um conjunto de medidas que fazem recear «25 mil professores no desemprego» no próximo ano letivo.
Belandina Vaz afirmou que os professores estão também contra os contratos a termo certo mensais, que significam que os professores são postos no desemprego logo a seguir a acabarem as reuniões de fim de ano letivo.
Por estas razões, esperam que na quinta-feira se desloquem até ao Largo Camões, pelas 18:00, todos os que queiram «resistir ao ataque da troika e do corte orçamental».
O número de desempregados inscritos nos centros de emprego em maio subiu 20,8 por cento face ao mesmo mês do ano passado, mas diminuiu 2,2 por cento em relação a abril deste ano, segundo os dados do IEFP. Professores receiam engrossar ainda mais a lista.
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