Quatro portugueses, entre eles três menores, estão sequestrados desde domingo no estado de Táchira, Venezuela, disse à Agência Lusa fonte consular portuguesa naquele país.
A Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas confirmou à Lusa o sequestro, adiantando tratar-se de um cidadão português, do filho e de dois sobrinhos menores, estes dois últimos de férias, na Venezuela.
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Segundo a fonte consular, o sequestro ocorreu domingo à tarde no estado de Táchira, a 800 quilómetros de Caracas e próximo da fronteira com a Colômbia.
O cidadão português tem 37 anos, o filho 11 e os sobrinhos 13 e 10 anos.
A fonte da Secretaria de Estado das Comunidades escusou-se a revelar mais pormenores, adiantando que o assunto está a ser acompanhado pelas autoridades e pelas estruturas diplomáticas portuguesas naquele país.
A agência espanhola EFE disse inicialmente que os dois menores, Javier Gabir e Alberto Luís Parra Barreto, eram de nacionalidade espanhola.
A confusão com a nacionalidade dos dois menores, que se encontram de férias na Venezuela, esteve relacionada com o facto de ambos residirem em Espanha, disse à EFE fonte da embaixada espanhola em Caracas.
Javier Gabir e Alberto Luís Parra Bento estavam há «um mês e meio» em San Cristóbal, capital da Táchira, para passar férias com o tio David Barreto, português que vive na Venezuela e que também foi sequestrado.
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O comandante da Guarda Nacional (GN, polícia militarizada), o general Jaime Escalante, disse hoje ao canal estatal Venezuela Televisão (VTV) que o sequestro teve origem na Colômbia, mas que os sequestrados se encontram em território venezuelano.
Os organismos de segurança venezuelanos estão a trabalhar com as autoridades colombianas para evitar que os menores sejam transportados para a Colômbia, país que tem com a Venezuela uma fronteira terrestre de 2.219 quilómetros, adiantou o comandante militar.
O chefe do Corpo de Investigação Científica, Penal e Criminal (CICPC) de Táchira, Gustavo Pena, disse que o carro de David Barreto foi encontrado pela polícia «na estrada para Llanos», localidade que faz fronteira com a Colômbia.
O sequestro dos quatro portugueses ocorreu dez dias depois do alto-comissário da Presidência da Colômbia para a Paz, Luís Carlos Restrepo, denunciar que o Exército de Libertação Nacional (ELN) da Colômbia estar a sequestrar estrangeiros em Táchira.
Refira-se que o Exército de Libertação Nacional raptou, no estado de Táchira, cem pessoas em menos de dois anos.
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