A associação de luta contra o cancro do intestino lançou este mês uma linha telefónica de apoio a doentes que em menos de duas semanas recebeu 120 chamadas, de acordo com o responsável da organização.
O número 808 200 199, que funciona todos os dias das 14:00 às 20:00 e tem o custo de uma chamada local, tem duas enfermeiras que esclarecem todas as dúvidas relacionadas com a doença.
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«É uma linha de apoio, não vai dar consultas nem indicar médicos. Pretende-se apenas esclarecer sobre tudo o que à doença se refere», explicou Vítor Neves à agência Lusa.
As estimativas indicam que em 2007 surgiram mais nove mil casos desta doença, com uma taxa de mortalidade de 60 por cento.
De acordo com dados da associação, mais de 50 por cento da população portuguesa não reconhece nenhum dos sintomas do cancro colo-rectal como estando ligados à doença.
«Mas o cancro do colo e do recto não é misterioso e quase sempre existem sintomas. É necessário sensibilizar a população e pô-la em alerta em relação aos sintomas, porque se o cancro for detectado em estado inicial, há 90 por cento de hipóteses de ter cura», contou.
Sintomas da presença do cancro
Entre os sintomas estão alterações permanentes dos hábitos intestinais (diarreia ou prisão de ventre), fezes muito escuras ou perda de sangue nas fezes e dor forte ou desconforto abdominal sem explicação.
Vítor Neves lamenta que não estejam a ser feitas colonoscopias à população de risco (homens ou mulheres com mais de 50 anos e pessoas com cancro colo-rectal na família directa) e que haja dificuldade em realizar este exame nalgumas zonas do país, mesmo depois de prescritos por médicos aos utentes do Serviço Nacional de Saúde.
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