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Diabetes: médicos pedem comparticipação

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Diabetes tipo 1 é a doença crónica pediátrica comum nos países desenvolvidos

No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Diabetes, a 14 de Novembro, a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia e Diabetologia Pediátrica (SPEDP) manifesta a sua preocupação com a falta de comparticipação das bombas de insulina.

A presidente da SPEDP, Dra. Ana Fagulha, explica que «a terapêutica insulínica com bombas infusoras na criança e adolescente com diabetes tipo 1 é um método terapêutico que tem inúmeras vantagens. Em comparação com o esquema insulínico de múltiplas injecções diárias verifica-se um menor risco de hipoglicemia, uma maior flexibilidade no estilo de vida, permite uma menor variabilidade dos valores da glicemia nas 24h, e desde que bem usado permite um bom controlo glicémico».

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«Esta melhoria do controlo da doença traduz-se em menor incidência de complicações agudas e crónicas associadas à diabetes como a cegueira, insuficiência renal, a amputação dos membros, ou doenças cardiovasculares», conclui a Dra. Ana Fagulha.

Já existem em Portugal alguns Centros Hospitalares com experiência neste método de tratamento em crianças e adolescentes. Para aumentar a possibilidade de fornecer conhecimentos teóricos e práticos a vários Centros, a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia e Diabetologia Pediátrica, realizou o seu primeiro Curso teórico-prático sobre «Bombas Infusoras de Insulina na criança e adolescente» no passado dia 8 de Novembro. Compareceram 14 Centros Hospitalares, cada um com os 3 elementos.

É objectivo da SPEDP implementar planos para uma actualização constante dos profissionais de saúde com o intuito de proporcionar à criança e adolescente com diabetes tipo 1, assistência de elevada qualidade, para que possam ter uma boa qualidade de vida, a curto e a longo prazo.

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No entanto, «na prática clínica deparamo-nos com graves problemas devidos ao elevado custo das bombas infusoras, e elevado custo mensal dos componentes do sistema de infusão. Infelizmente nem todas as crianças e adolescentes com indicação para este método de tratamento podem beneficiar dele, pois não têm capacidades económicas», comenta a Dra. Ana Fagulha.

A bomba de insulina é um pequeno dispositivo electrónico que contém um reservatório com insulina de acção rápida e que ligada a um tubo fino conduz a insulina até um cateter colocado debaixo da pele, que terá de ser substituído de 3 em 3 dias. Assim, consoante as refeições, a actividade física, o stress, o diabético pode variar a quantidade de insulina administrada sem necessidade de injecções.

A diabetes do tipo 1 é uma doença para toda a vida, que se desenvolve quando o pâncreas pára de produzir a insulina de que o corpo precisa e, consequentemente, os níveis de açúcar no sangue sobem. Os diabéticos do tipo 1 necessitam de receber tratamento com insulina para sobreviverem.

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Segundo os dados da Federação Internacional da Diabetes, a diabetes afecta 246 milhões de pessoas a nível mundial e prevê-se que este número atinja os 380 milhões em 2025. Todos os dias são diagnosticadas 200 novas casos de crianças com diabetes tipo 1 e estima-se que, em todo o mundo, mais de 440 mil crianças com menos de 14 anos têm diabetes tipo 1.

Em Portugal existem cerca de 650 mil portugueses diagnosticados com diabetes.

Estima-se que 65 mil portugueses sejam diabéticos tipo 1.

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