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Enfermeiros: chefes de urgência do Barreiro/Montijo ameaçam demitir-se

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Profissionais do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo contestam as alterações nos horários de trabalhos

Os enfermeiros realizaram esta sexta-feira um plenário no Centro Hospitalar e depois foram recebidos pela administração. Zoraima Prado disse que os enfermeiros vão aguardar por segunda-feira e referiu que, caso a situação se mantenha, vão ser «tomadas medidas». Mas Zoraima Prado criticou também a intenção de se abdicar das camas de outros serviços que foram disponibilizadas para as urgências por ocasião do pico de gripe, afirmando que o serviço continua sobrelotado. Fonte do Centro Hospitalar explicou que, no primeiro trimestre deste ano, a média de atendimento na urgência médico-cirúrgica do Centro Hospitalar Barreiro Montijo foi de 180 utentes por dia, número em linha com os anos anteriores. Segundo a mesma fonte, o que está em preparação é uma reorganização interna das camas existentes, para «acomodar o S.O. da Urgência Médico-Cirúrgica, aquando do início das obras previstas para este serviço».

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Os enfermeiros do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo contestam as alterações nos horários de trabalhos e os chefes de equipa da urgência ameaçam demitir-se, disse esta sexta-feira à Lusa fonte sindical, enquanto a administração argumentou estar a aplicar a lei.

«Foi feita uma alteração dos horários de trabalho sem a auscultação dos profissionais para entrar em vigor dia 20 de abril [segunda-feira]. Os enfermeiros estão contra e os chefes de equipa da urgência dizem que se vão demitir se a alteração for aplicada», disse à Lusa Zoraima Prado, do Sindicato dos Enfermeiros.

«Todos os chefes de serviço dos vários pisos estão contra [as alterações] e dizem que não sabem como vão assegurar o serviço. A administração recebeu-nos e disse que vai tentar reunir com a Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) para tentar uma abertura para negociar estas alterações.»

Fonte oficial do Centro Hospitalar Barreiro/Montijo, contactada pela Lusa, confirmou que a administração vai tentar junto das autoridades competentes encontrar uma solução que permita cumprir a lei e satisfazer os interesses dos profissionais e serviços e explicou que a administração apenas está a cumprir a lei.

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«A alteração da distribuição do horário de trabalho prende-se com o cumprimento de uma recomendação da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e da legislação em vigor.»

«O serviço continua sobrelotado e caótico, com uma taxa de 150%. Temos a informação que as camas de outros serviços onde os doentes estavam a ser internados vão encerrar este fim-de-semana, o que vai causar muitos problemas.»

«Destes doentes, são internados diariamente uma média de 18 utentes, percentagem ligeiramente superior à verificada em anos anteriores. Não foram encerradas quaisquer camas de internamento, mantendo-se abertas as camas adicionais operacionalizadas no período de inverno.»

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