Utentes com gripe estão a entupir o sistema de urgências no Hospital Garcia da Horta em Almada, levando os bombeiros da Margem Sul a esperar durante longos períodos de tempo pelas macas das ambulâncias, noticia a Lusa.
O sub-chefe dos bombeiros voluntários da Trafaria salientou que «há dias em que há dificuldade em obter uma maca para passar os doentes». «Ainda ontem aconteceu isso. Uma ambulância ficou retida durante uma hora e meia», contou. Segundo as corporações de Bombeiros Voluntários (BV) da Trafaria, Seixal, Cacilhas e Almada, esta é uma situação que acontece todos os anos mas apenas é preocupante durante a época de Inverno.
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Este problema acarreta falta de ambulâncias no posto. O comandante dos Bombeiros Voluntários de Almada, Victor Espírito Santo, confirmou que «muitas vezes não existem ambulâncias porque o tempo de espera é muito».
As corporações esforçam-se por resolver a situação mas não apontam a culpa a ninguém: «a administração do Hospital tem feito esforços para minimizar o problema. Acaba por ser prejudicial aos bombeiros e aos utentes mas não há um culpado nesta situação, nem nós nem o hospital», afirmou António Godinho, Comandante dos B.V. de Cacilhas.
O Presidente do Conselho de Administração do Garcia da Horta, Álvaro Carvalho, declarou que chega uma ambulância de minuto a minuto, não sendo possível arranjar camas para todos os pacientes. «Neste momento não temos espaço para mais macas mas as urgências vão ser alargadas em Abril, o que irá resolver a situação», prometeu.
O hospital recebe cerca de 300 utentes por dia nas urgências, dos quais 30 são internados diariamente. Este problema acontece em todos os hospitais, sobretudo em época de férias e no Inverno, altura das gripes e constipações. «Lidamos com pessoas muito idosas que têm que ficar acamadas. É impressionante o número de doentes que estão sempre a chegar», salientou a administração do hospital.
Álvaro Carvalho mostra-se positivo face a esta situação, «Melhores dias virão. O alargamento das urgências vai permitir receber 30 ou 40 macas ao mesmo tempo, o que vai chegar para as nossas necessidades».
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