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Nova ministra criticou fecho de urgências

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Sem que estivessem implementadas alternativas válidas, disse este mês

Antes de ser convidada para ministra da saúde, Ana Jorge admitiu este mês «ser mal feito» encerrar urgências sem estarem implementadas no terreno alternativas válidas, escreve a Lusa.

«Estou de acordo que o que está mal feito no programa da reforma das urgências foi terem sido encerradas sem estarem criadas as condições alternativas», disse Ana Jorge, falando a 11 de Janeiro enquanto deputada municipal do Partido socialista, durante uma sessão extraordinária sobre saúde da Assembleia Municipal da Lourinhã, da qual era presidente desde 2005.

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A agora ministra da Saúde, que tem vindo a assumir posições favoráveis ao encerramento de serviços de saúde quando estes não reúnem condições de assistência à população, disse na ocasião que «ter um serviço de urgência é uma falsa segurança».

«Melhores e mais cuidados de saúde»

«Estão a matar-nos»

Defendeu antes que «o mais importante é que quando uma pessoa está doente tenha uma consulta no seu médico de família em tempo útil», uma política que agora deverá apostar enquanto ministra, apesar de em Janeiro ter reconhecido que há falta de médicos. «Não é à noite, nos Serviços de Atendimento Permanente, nem nas urgências que se resolvem os problemas, mas sim no médico assistente», reforçou.

Considerando que «a população não é de forma geral esclarecida» quando tem de recorrer a um serviço de saúde, Ana Jorge defendeu a realização de campanhas de informação junto da população, que assim aceitaria melhor eventuais encerramentos.

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Ministra negociou encerramento

Enquanto presidente da Assembleia Municipal, Ana Jorge interveio no processo negocial da autarquia da Lourinhã com a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale do Tejo para a obtenção de medidas compensatórias pelo encerramento do Serviço de Atendimento Permanente (SAP) local. Por isso, reconheceu que «foi mal feito ter-se fechado o SAP à noite [em Outubro de 2006] sem que se tenha ganho esse tempo em consultas».

Ana Jorge defendeu que devia haver uma aposta no reforço dos cuidados domiciliários para resolver o problema dos doentes que se encontram em macas nos hospitais. «Não é nos centros de saúde que se resolve o problema dos doentes que estão em macas nos hospitais. Resolve-se com cuidados domiciliários porque a maior parte da população é idosa e se tiver cuidados no domicílio, se derem condições às pessoas não chegam ao ponto de estarem desidratadas ou com infecções respiratórias que as levem aos hospitais», sublinhou.

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«Partos não devem acontecer nas ambulâncias»

Quanto ao encerramento de maternidades, disse que «não é linear dizer que é para fechar só por ter mais ou menos partos», sustentando que os critérios devem ser baseados numa política geral que tenha em conta os aspectos populacionais.

«Hoje quando se pensa encerrar algumas maternidades do interior do país é melhor reflectir», alertou na altura, considerando que «os partos não devem acontecer em ambulâncias», mas antes «em meio hospitalar onde há obstetras, pediatras e anestesistas».

Mostrando-se defensora do Serviço Nacional de Saúde (SNS), onde trabalhou durante quatro décadas, Ana Jorge alertou para a «concorrência desleal» do «desenfreamento que há na abertura de clínicas privadas», para onde estão a ir profissionais do SNS.

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