A gestão de multidões é a maior preocupação da GNR para a visita do Papa Bento XVI a Fátima, admitiu esta quinta-feira o comandante territorial de Santarém, Vítor Lucas, assegurando que o dispositivo desta força policial será o «adequado», noticia a Lusa.
«A gestão dessas massas, nas chegadas e partidas, é a preocupação, particularmente no santuário», disse Vítor Lucas, referindo que em 2007 houve «um início de alguns esmagamentos junto ao túnel sul» do templo.
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O responsável admitiu que existe também preocupação ao nível da segurança do chefe de Estado do Vaticano, salientando que os 800 militares que vão integrar o dispositivo serão suficientes.
«É aquele que achámos adequado», declarou, explicando que 300 desses militares vão estabelecer na tarde de dia 12 o cordão de segurança desde o estádio municipal de Fátima, onde aterra o helicóptero com Bento XVI, até ao santuário, e, dia 14, no percurso inverso.
No entanto, o comandante territorial de Santarém assegurou que «se houver necessidade» de mais meios, há a garantia de que «mais virão».
Recusando especular sobre o número de peregrinos que possam deslocar-se a Fátima para participar na peregrinação internacional aniversária de 12 e 13 de Maio, o responsável afirmou que o santuário «terá uma capacidade de 400, 500 mil pessoas».
«Depois, é normal nas laterais ter mais 100 ou 200 mil pessoas», adiantou o comandante das operações da GNR, reiterando que «o dispositivo chega perfeitamente».
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800 militares
Na conferência de imprensa de apresentação da operação da GNR em Fátima para a visita do papa, Vítor Lucas adiantou que a primeira fase desta acção termina a 11, a segunda ocorre durante a peregrinação, explicando que o reforço do dispositivo se prolonga depois até dia 16.
Os 800 militares distribuem-se, entre outros, pelos serviços de inactivação de explosivos, ordem pública, operações especiais, protecção e socorro.
Existem ainda guardas afectos ao «tourist support patrol», honras de Estado, helicóptero e viaturas de pronto-socorro pesadas.
O comandante territorial de Santarém chamou ainda a atenção para a existência de percursos alternativos em direcção a Fátima e para a existência de itinerários interditos devido à passagem de Bento XVI pela cidade.
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