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Filme sensibiliza para «violência» da prostituição

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«Juntos por uma Europa livre de prostituição» é a campanha da Organização Europeia Lóbi de Mulheres que pretende abalar «certezas» de muitos homens

Prostitution version ENG from Black Moon prod on Vimeo.

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A organização Lóbi Europeu de Mulheres (LEM) lançou esta sexta-feira em Bruxelas uma campanha de sensibilização para a «violência» da prostituição, que inclui um pequeno filme provocador, com o qual espera abalar as «certezas» de muitos homens.

A campanha, intitulada «Juntos por uma Europa livre de prostituição», que tenciona chegar a todos os Estados-membros da União Europeia, exorta os cidadãos, governos nacionais e UE a tomarem acções concretas com vista a pôr fim ao que a LEM denuncia como «tolerância da sociedade face à exploração sexual e económica das pessoas que caem na prostituição».

«Do nosso ponto de vista, o sistema da prostituição espelha a desigualdade, é um local onde a violência e a opressão estão dissimuladas pela da imagem distorcida de uma igualdade, através de uma troca comercial», apontou Rada Boric, do Lóbi Europeu de Mulheres.

Para contrariar esta «imagem distorcida», o realizador belga Patrick Jean realizou um vídeo «provocador» de um minuto, o principal símbolo da campanha, no qual se vê um homem prostituto a receber em sua casa uma série de mulheres, que deixam dinheiro em cima da mesa, como pagamento pelos seus favores sexuais.

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Patrick Jean explicou que a ideia surgiu em vários debates com outros homens, muitos dos quais consideravam a prostituição um fenómeno natural, invocando a liberdade das mulheres em venderem o seu corpo.

«Nessas conversas eu dizia-lhes para se colocarem na pele de uma prostituta. O que sentiriam se tivessem de fazer sexo com 10, 15 mulheres desconhecidas, pelas quais não sentiam qualquer atracção», disse, justificando assim um vídeo concebido para abalar «as certezas» de muitos homens.

O filme está disponível em 18 línguas, entre as quais o Português e a organização espera que venha a ser passado em canais televisivos de vários países europeus.

«Queremos chamar a atenção não tanto para a violência em torno da prostituição e na prostituição, mas para a violência que a prostituição constitui em si mesma», sintetizou Grégoire Théry, administrador de uma organização não-governamental, Sawa.

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