A prostituição infantil tem saído das ruas e tem encontrado novos meios como a internet, refere o Instituto de Apoio à Criança que já tirou 600 jovens das ruas.
Leonor, técnica do «Projecto Rua» explicou à TVI que «ainda há jovens mas cada vez menos porque procuram outros meios para se encontrarem com as pessoas: a Internet, os telefonemas, os encontros através de outros jovens», diz.
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Duas vezes por noite uma carrinha do instituto identificada como «Projecto Rua» faz uma ronda por Lisboa a fim de sinalizar jovens em risco que se encontram nas ruas.
Bruno Pio, membro do projecto, afirma que «o processo Casa Pia teve um grande impacto ao nível da mediatização nas ruas» e frisou que «neste momento a sociedade é mais intolerante face á problemática da prostituição».
Sara Monteiro, que também já pertenceu às ruas, conta que se sente revoltada e triste quando vê «uma miúda de 14 ou 16 anos na rua» a ser abordada por alguém de «30 e tal anos que pergunta se quer dormir uma noite quente».
O «Projecto Rua» para além da prostituição infantil tem ainda em conta outros comportamentos de risco como o tráfico de droga, como o de Flávio que com 19 anos tem um processo na Polícia de Segurança Pública (PSP) por posse e venda de droga.
Flávio saiu de casa aos 17 anos e vivia com uma família adoptiva. Não tem o 12º ano concluído e está desempregado, um perfil comum dos jovens que o Instituto de Apoio à Criança acompanha há mais de trinta anos.
«O tráfico de droga continua a ser um meio privilegiado sobretudo quando são jovens com poucas habilitações, o que acaba por ser um modo de vida demasiado arriscado e muito perigoso», admitiu ainda Bruno Pio.
O Instituto de Apoio à Criança tirou 600 menores com comportamentos de risco da rua em 30 anos.
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