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Professores: mais de um mês depois, Governo divulga adesão à greve

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66,7 por cento dos docentes em protesto, diz ministério. Sindicatos falam em mais de 90 por cento

A adesão à greve de professores de 03 de Dezembro passado foi de 66,7 por cento, mais quase seis pontos percentuais do que o inicialmente divulgado, segundo os dados definitivos do Ministério da Educação.

No dia do protesto, num balanço provisório, o Governo anunciou que a adesão dos professores à paralisação tinha sido de 61 por cento, provocando o encerramento de cerca de 30 por cento das escolas.

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No entanto, aqueles eram números referentes às faltas registadas às 11:00 e que ainda não incluíam os professores que nesse dia não tinham aulas nos seus horários, mas mais tarde declararam ter estado em greve, solicitando o respectivo desconto nos seus salários, explicou à Lusa fonte do Ministério da Educação.

Também os mais de 350 dirigentes sindicais só mais tarde declararam a sua adesão à greve, não entrando na contabilidade inicial de professores em falta, feita pelos presidentes dos conselhos executivos no dia da paralisação.

Por outro lado, e segundo a mesma fonte, há ainda professores que faltaram nesse dia, mas não estiveram em greve. Como apresentaram atestados médicos para justificar a ausência, acabando por sair dos números da adesão.

Valores dos sindicatos são muito susperiores

Assim, de acordo com os números definitivos do Ministério da Educação, no dia 03 de Dezembro, 66,7 por cento dos professores fizeram greve. A maior adesão registou-se na região Norte (71,2 por cento), seguida do Centro (70,6 por cento), do Algarve (64,2 por cento), do Alentejo (62,6 por cento) e de Lisboa e Vale do Tejo (60,3 por cento).

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Os novos números revelam algumas alterações significativas. No Norte e no Centro, por exemplo, os dados provisórios indicavam uma adesão maior, de 90,4 e 72,1 por cento, respectivamente, enquanto nas restantes regiões do país os primeiros números eram inferiores, oscilando entre os 45,6 por cento do Algarve e os 44,8 por cento do Alentejo.

Os números definitivos do Ministério mantêm-se, no entanto, muito diferentes dos dos sindicatos, que anunciaram uma adesão à greve de 03 de Dezembro, convocada para protestar contra o modelo de avaliação de desempenho, de 94 por cento, considerando-a «a maior» paralisação de docentes em Portugal.

Os professores voltam a fazer greve na próxima segunda-feira contra o modelo de avaliação aprovado pelo Governo e o Estatuto da Carreira Docente.

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