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Casa Pia: ex-governante desmente jornalista

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Teresa Costa Macedo diz que não entregou nomes de alegados pedófilos

A ex-secretária de Estado da Família, Teresa Costa Macedo, negou esta tarde, durante o seu depoimento no julgamento do processo Casa Pia, no Tribunal Militar em Santa Clara, ter identificado pessoas à jornalista Felícia Cabrita ou ter-lhe entregue um papel com nomes escritos.

A ex-governante alega que quando a jornalista lhe telefonou, a falar de Carlos Silvino e a pedir ajuda, lhe disse que tinha dois relatórios que podiam ajudá-la na sua investigação. E reconhece tê-la «alertado para pessoas influentes em alguns sectores da sociedade, que estavam identificadas nos relatórios» e que poderiam estar envolvidas em práticas sexuais com menores.

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Mas nega peremptoriamente ter escrito um papel com nomes, que Felícia Cabrita alega ter recebido durante um programa de televisão da SIC, «Hora Extra». A jornalista entregou o documento em tribunal e, hoje, confrontada com o mesmo, Teresa Costa Macedo disse que «não era a sua letra».

José Maria Martins, advogado de Carlos Silvino («Bibi»), disse durante a audiência que iria pedir uma perícia ao documento e à caligrafia. Insistindo com a ex-governante para «olhar bem» para o escrito.

Cruz e Ritto referidos há anos

Ao advogado de Manuel Abrantes, Paulo Sá e Cunha, que continuou a sua instância depois do almoço, garantiu que ouviu falar em Jorge Ritto antes do anos 80 e em Carlos Cruz em 82. Isto, na sequência do incidente com os alunos da Casa Pia de Lisboa encontrados na residência de Cascais do ex-diplomata.

Mais tarde e durante as perguntas de José Maria Martins afirmou mesmo que o nome de Jorge Ritto era «falado por todos os que estavam ligados ao Ministério dos Negócios Estrangeiros» como alguém que tinha práticas menos próprias. Talvez «desde 1975/76» garantiu.

Quanto ao «entrevistador Carlos Cruz» disse que ouviu o seu nome, pela primeira vez, em finais de 1981/1982. E que voltou a ser confrontada com o seu nome na década de 90, ligado a estas práticas sexuais, quando uma jornalista do já extinto diário «A Capital» a questionou sobre viagens de menores da instituição para os Estados Unidos, a mando de um homem chamado Ken Rogers.

Na audiência desta quinta-feira, Teresa Costa Macedo foi instada por Paulo Sá e Cunha, advogado de Manuel Abrantes, José Maria Martins e Ricardo Sá Fernandes, advogado de Cruz. Volta a tribunal dia 29 de Janeiro.

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