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Campanha para controlo de armas

Secção portuguesa da Amnistia Internacional apresentou a campanha que será lançada em mais 50 países

A secção portuguesa da Amnistia Internacional (AI) apresentou esta quinta-feira em Lisboa uma campanha, lançada em mais 50 países, cujo objectivo é adoptar, até 2006, um tratado internacional sobre o controlo do comércio de armas.

«Por minuto, morre em média uma pessoa devido à violência gerada pela venda de armas», afirmou a presidente da secção portuguesa da AI, Maria Teresa Nogueira, numa conferência de imprensa que decorreu na Universidade Nova de Lisboa.

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Para combater este fenómeno, a AI lançou a campanha «Controlar o Comércio de Armas» a nível mundial, juntamente com a Rede Internacional sobre as Armas Ligeiras (IANSA) e com a organização-não governamental Oxfam.

Maria Teresa Nogueira denunciou que os países que defendem o controlo de armas «são os principais violadores (desses princípios) e fornecedores de armas».

Destacou, nomeadamente os países membros do G8 - grupo dos sete países mais industrializados (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) mais a Rússia -, que «detêm dois terços das transferências de armas».

Ironicamente, «os países que declararam guerra ao terrorismo são os que estão mais fortemente armados. A verdadeira guerra contra o terrorismo não está a ser bem feita, porque estão a ir buscar as folhas em vez de irem buscar a raiz», acrescentou.

Os Estados Unidos, o Reino Unido, a França, a Rússia e a China são os principais exportadores de armas, sendo a América Latina, África, Ásia e o norte de África/Médio Oriente os principais importadores, de acordo com a AI.

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Um outro flagelo deste fenómeno, é o facto de 59,2 por cento das armas ligeiras estarem nas mãos de privados, porque «têm medo de ser atacados», disse a presidente da AI em Portugal, dando como exemplo a situação que se vive no Afeganistão.

Para combater este fenómeno, a AI quer que «seja aprovado, até 2006, um tratado internacional vinculativo sobre o controlo de armas» e que sejam controlados os «comerciantes e a transferência de armas», para se saber «que armas são, em que quantidade e para onde» foram.

O estabelecimento de uma base de dados, com o registo de todos esses dados, e meios de apoio às comunidades afectadas pelo uso de armas são outras das reivindicações da Amnistia Internacional.

No caso concreto de Portugal, a AI pede uma «melhoria da legislação portuguesa sobre a comercialização de armas e um controlo da venda do material excedentário».

No âmbito desta campanha, a AI pretende recolher um milhão de assinaturas a nível mundial, acompanhadas por uma mensagem, que serão utilizadas para pressionar «os líderes do mundo a melhorarem o controlo das armas e a promoverem o tratado».

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