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Joana: «dia histórico» para os arguidos

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Defesa de inspectores da PJ apresentou 12 testemunhas entre juízes, procuradores da República e funcionários da PJ

A defesa de inspectores da Polícia Judiciária, arguidos no caso das alegadas agressões a Leonor Cipriano, apresentou esta quinta-feira 12 testemunhas entre juízes, procuradores da República e funcionários da PJ e afirmou que foi vivido um «dia histórico».

«Foi histórico. Uma vez na vida viveu-se numa união em termos de percepção de como são estes inspectores da Polícia Judiciária (PJ). Foi uma manifestação de solidariedade», disse aos jornalistas Pragal Colaço, referindo-se ao facto de tanto juízes como procuradores da República, directores, coordenadores e inspectores chefes da PJ terem estado em uníssono sobre o «calibre» dos arguidos neste processo.

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Todas as testemunhas chamadas pela defesa foram unânimes ao referirem nunca ter tido conhecimento de casos de agressão de quatro dos cinco arguidos neste processo - o quinto arguido, Gonçalo Amaral, tem uma defesa à parte.

Conhecidos no meio da PJ por serem polícias «moí almas» por «não aceitarem à primeira aquilo que lhes é dito durante as investigações» e por «não serem fáceis de manipular» - segundo Luís Neves, director da Direcção Central de Combate ao Banditismo da PJ -, a sessão da tarde do julgamento ficou marcada por adjectivos de louvor sobre o trabalho e atitude pessoal dos arguidos.

«Excelente profissional», «disponível a 100 por cento», «sério», «honesto», «ímpar», «leal» ou «capacidades acima da média» e «qualidades fora do comum» foram algumas das características e expressões utilizadas pelas 12 testemunhas para qualificar os arguidos, que ajudaram a resolver centenas de casos de assaltos a bancos, violações, sequestros e desaparecimentos de crianças, entre outros, conforme foi referido.

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Três dos inspectores hoje elogiados - Leonel Lopes, Pereira Cristóvão e Marques Bom - são acusados de crime de tortura, e um quarto, António Cardoso, é acusado do crime de falsificação de documento. O quinto elemento, Gonçalo Amaral, é acusado do crime de falso testemunho e um crime de omissão de denúncia.

A acusação

As acusações do Ministério Público contra cinco inspectores e ex-inspectores da Judiciária surgiram na sequência dos interrogatórios na PJ de Faro em 2004, altura em que Leonor Cipriano terá aparecido com lesões na cara e no corpo no Estabelecimento Prisional de Odemira, onde estava em prisão preventiva.

O processo das alegadas agressões a Leonor Cipriano está relacionado com o denominado «caso Joana», que remonta a 12 de Setembro de 2004, dia em que a menina, de oito anos, desapareceu da aldeia de Figueira, Portimão, Algarve.

A mãe de Joana, Leonor Cipriano, e o tio, João Cipriano (ambos irmãos), estão condenados pelo Supremo Tribunal de Justiça a 16 anos de prisão cada um, pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver da criança.

O caso volta à barra do tribunal no próximo dia 18 de Dezembro, às 14:00, para que não haja interrupção de prova, e continua depois em Janeiro do próximo ano.

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