PUB
Um estudo que será apresentado esta segunda-feira no ISCTE revela que os médicos sofrem pressões para não receitar tantos exames e, por seu turno, também há doentes a pedirem para que não lhes sejam prescritos medicamentos por falta de dinheiro para aviá-los. Avaliação do estado da saúde em Portugal após a entada da troika, em 2011. As conclusões do inquérito feito a três mil clínicos numa parceria da Ordem dos Médicos e do ISCTE foi explicado na TVI24 por Tiago Correia, um dos coordenadores do estudo.
“Os médicos estão a revelar dificuldades, comparativamente a 2011, não nos sendo possível saber se as medidas são aquelas que estavam previstas no memorando ou se devido a outros motivos que não estavam previstos e que foram negociados com as entidades internacionais”, explicou Tiago Correia.
“Os clínicos revelam que estão sujeitos a pressões que acabam por condicionar aquilo que eles consideram que seria uma boa prática clínica. Estamos a falar em médicos dos cuidados de saúde primários e estavam a referir-se a meios complementares de diagnóstico e terapêutica e exames laboratoriais. Não sabemos se têm indicação [das chefias para tal], mas médicos revelam pressão. Nós não sabemos que pressões são, ou seja “precisaremos de conhecer mais em profundidade que tipo de pressões, que tipo de organizações e se são pressões deliberadas ou subentendidas”.
“A nossa missão com este relatório foi dar conta. Para já queremos informar o espaço público e político desta situação”.
PUB