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Face Oculta: Ana Paula Vitorino vai depor por escrito

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Ex-secretária de Estado dos Transportes foi arrolada como testemunha de acusação pelo MP

A ex-secretária de Estado dos Transportes Ana Paula Vitorino vai prestar depoimento, por escrito, como testemunha no processo «Face Oculta», usando a prerrogativa que o cargo de deputado à Assembleia da República lhe confere, disse à Lusa, esta quinta-feira, fonte judicial.

A antiga secretária de Estado dos Transportes no Governo de José Sócrates, foi arrolada como testemunha de acusação pelo Ministério Público (MP) e está também indicada como testemunha abonatória de vários arguidos, incluindo do ex-ministro socialista Armando Vara.

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Fontes ligadas ao processo disseram à agência Lusa que o tribunal está a recolher as perguntas do MP e dos arguidos que indicaram Ana Paula Vitorino como testemunha, para as enviar à deputada socialista.

Embora tenha reconhecido que a deputada desfruta da prerrogativa de prestar depoimento por escrito, o advogado Tiago Rodrigues Bastos, que defende Armando Vara, não coloca de parte a possibilidade de requerer a presença no Tribunal de Ana Paula Vitorino.

«Veremos se será necessária ou não a presença da engenheira Ana Paula Vitorino. O Tribunal não está impedido de convocar essas pessoas se entender que, depois de prestar o depoimento por escrito, se afigura útil que venham depôr presencialmente», disse o causídico à Lusa.

O advogado de Vara adiantou ainda que prescindiu de fazer as perguntas à testemunha nesta fase do processo, reservando o direito de as fazer quando for a produção de prova do seu cliente.

«A engenheira Ana Paula Vitorino deve responder às perguntas formuladas pelo MP, porque ela é testemunha de acusação em primeiro lugar, embora também seja testemunha do meu constituinte e de outros arguidos. Nós só devemos formular as perguntas no momento certo», disse Tiago Bastos.

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Segundo a acusação, a antiga secretária de Estado dos Transportes terá sido pressionada por Mário Lino, ex-ministro das Obras Públicas, para resolver o conflito existente entre a Refer e o grupo de Manuel Godinho

Para convencer a sua subordinada, que tutelava a empresa que gere a rede ferroviária nacional, o então ministro terá ainda dito que o sucateiro era «amigo do PS».

O processo «Face Oculta» está relacionado com uma alegada rede de corrupção que teria como objetivo o favorecimento do grupo empresarial do sucateiro Manuel Godinho nos negócios com empresas do setor empresarial do Estado e privadas.

Entre os arguidos estão personalidades como Armando Vara, ex-administrador do BCP, e José Penedos, ex-presidente da REN - Redes Energéticas Nacionais, e o seu filho Paulo Penedos.

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