A região de Lisboa é a única do país sem um centro de referência para os casos mais graves de tuberculose, apesar de concentrar dois terços dos doentes, escreve a Lusa. A ministra da Saúde garantiu que a estrutura abrirá dentro de um mês.
O coordenador do Centro de Referência Nacional para a Tuberculose Multirresistente, Miguel Vilar, lamentou que o centro de Lisboa e Vale do Tejo ainda não esteja a funcionar. «Foi proposta a criação de cinco centros de referência, estão todos a funcionar, menos este», apontou.
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«Está tudo constituído, só que não avança», afirmou o responsável, atribuindo este atraso a questões logísticas e financeiras.
O centro de referência funciona como unidade de tratamento integrada, em articulação entre o hospital e os centros de diagnóstico pneumológico.
«A atitude que o Ministério da Saúde vai tomar neste momento é chamar a equipa que está nomeada e dar-lhe um mês para colocar o centro a funcionar», declarou Ana Jorge, acrescentando que serão dadas a esta estrutura «as mesmas condições» em que funcionam os outros centros.
«A tuberculose extensivamente resistente também se trata. É importante que a equipa administre o tratamento correcto e o doente colabore, não abandonando e cumprindo à risca o tratamento», que pode demorar até três anos, sublinhou Miguel Vilar.
O coordenador nacional salientou os avanços no diagnóstico, que antes chegava a demorar mais de 40 dias e actualmente demora dois. «Ao fim de uma semana já podemos instituir um regime individualizado» de tratamento, concluiu.
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