Portugal deverá manter a quota de cerca de 30 refugiados por ano, apesar das dificuldades económicas que atravessa, afirmou esta sexta-feira o Alto-Comissário da ONU António Guterres, sublinhando que isso é um sinal de solidariedade importante.
Guterres, que falava à imprensa em Lisboa após um encontro com o secretário de Estado adjunto do Ministro Adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Feliciano Barreiras Duarte, congratulou-se com as políticas migratórias que têm sido seguidas em Portugal nos últimos anos e congratulou-se com a forma como isso faz do país «um exemplo» nesta matéria.
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«Espero que a quota de reinstalação para refugiados em Portugal se possa manter, porque é um sinal também importante de solidariedade que o país dá», disse o Alto-Comissário da ONU para os Refugiados, afirmando noutro passo que essa quota, de 30 pessoas por ano, é «aliás em número muito pequeno no contexto europeu e internacional».
As dificuldades económicas que Portugal atravessa foram abordadas no encontro entre os dois responsáveis, nomeadamente, segundo Guterres, «sobre a possibilidade de as verbas que são disponibilizadas para apoio, quer aos requerentes de asilo, quer aos refugiados (...) poderem aliviar algumas das situações que eles têm encontrado».
O Alto-Comissário sublinhou que, da parte de Portugal, «tem havido sempre disponibilidade e tem havido até a generosidade de ter em conta algumas situações particularmente difíceis e vulneráveis».
«Em matéria de políticas migratórias, nós somos reconhecidos, desde há uns anos, como um país que tem tido a inteligência de reconhecer os aspetos positivos das migrações e de, ao mesmo tempo, procurar uma integração harmoniosa dos imigrantes na comunidade nacional», disse.
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