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112: ainda há quem ligue por uma dor de dentes

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Sistema tem como objectivo «prestar assistência às vítimas de acidente ou doença súbita»

Ainda há quem ligue o 112 a pedir uma ambulância por causa de uma dor de dentes, apesar das mudanças que a emergência médica registou nos últimos anos em Portugal, com mais e diferenciados meios.

Coordenada pelo Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), a emergência médica portuguesa aplica-se através de um Sistema Integrado, o qual envolve os cidadãos, o Instituto, as corporações de bombeiros (o maior parceiro), a PSP, a GNR, a Cruz Vermelha Portuguesa e as unidades de saúde.

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O sistema tem como objectivo «prestar assistência às vítimas de acidente ou doença súbita» e é accionado através do Número Europeu de Emergência (112).

Em 2007, foram encaminhadas do 112 (que é atendido pela polícia) para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) do INEM 1.507.535 chamadas, mais de quatro vezes mais do que as 375.708 recebidas em 2000.

Em termos de meios, o INEM conta com 267 ambulâncias, distribuídas pelo Instituto (62), 199 estão dos Postos de Emergência Médica (corpos de bombeiros que, através de um protocolo, participam no Sistema Integrado de Emergência Médica), três nos Postos de Reserva (corpos de bombeiros que desenvolvem o Sistema, no que diz respeito às acções pré-hospitalares) e três de transporte de recém-nascidos.

Desde 2004, e após o Campeonato Europeu de Futebol (Euro 2004), cresceu o número de ambulâncias do INEM: de uma em 2003 para 62 em 2008.

Mas a principal mudança na emergência médica ocorreu em 2006, quando o país ficou totalmente coberto pelos CODU. Desde então, passou a ser o INEM a encaminhar os meios de socorro e a ser responsável pela triagem de todos os pedidos efectuados para o 112, na área da saúde.

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A mudança não foi pacífica e muitos bombeiros criticaram a falta de autonomia. No entanto, actualmente são as corporações que encaminham para o respectivo CODU do INEM as chamadas que recebem, sendo posteriormente orientados para a operação de socorro.

Só desta forma, aliás, é que o serviço é pago. Isto porque o INEM tem uma tabela de preços que é paga aos bombeiros pelas operações (prémios de saída) que realizam e que define valores para as corporações que assinaram protocolos com o Instituto.

Os que não assinaram os protocolos são igualmente pagos, mas por outros valores. Cerca de um quarto da despesa do INEM é com os bombeiros.

Além das ambulâncias de emergência, o INEM dispõe de 39 Viaturas Médicas de Emergência e Reanimação (VMER) e 16 ambulâncias de Suporte Imediato de Vida (SIV).

As VMER dispõem de material de reanimação (material de suporte avançado de vida) e são tripuladas por um médico e um enfermeiro, enquanto as SIV contam com um enfermeiro e um Técnico de Ambulância de Emergência (TAE).

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As VMER - que por ano custam 300 mil euros ao Estado - estão localizadas nos hospitais e cabe a estas unidades de saúde dotarem-nas com meios humanos.

As SIV visam melhorar os cuidados prestados em ambiente pré-hospitalar à população, ficando localizadas onde o socorro medicalizado está mais longe.

A reestruturação da assistência pré-hospitalar está a decorrer em paralelo com a reforma da rede de urgências em Portugal, a medida que mais contestação gerou ao ministro António Correia de Campos, substituído quarta-feira por Ana Jorge.

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