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Afinal, o protão é mais pequeno do que se pensava

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Descoberta feita por equipa da qual fazem parte portugueses

Uma investigação de uma equipa internacional, de que fazem parte cientistas de Aveiro e Coimbra, conclui que o protão é mais pequeno do que era assumido até agora pela teoria científica e faz a capa desta semana da revista Nature.

O estudo, divulgado esta quarta-feira, concluiu que «o protão é, afinal, mais pequeno do que o assumido até agora pela comunidade científica».

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«Este resultado surpreendente foi obtido numa experiência com um nível de precisão sem precedentes», segundo uma nota divulgada pela Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), instituição em que é docente o coordenador da equipa portuguesa, Joaquim Santos.

Os investigadores concluíram que «o protão, um dos constituintes básicos de toda a matéria é, na realidade, mais pequeno do que se pensava».«O valor obtido nesta experiência para o raio do protão é dez vezes mais preciso mas, surpreendentemente, 4 por cento menor do que o valor assumido até agora».

As consequências desta discrepância «estão ainda por esclarecer, não se sabendo actualmente qual o alcance das suas implicações na Física, podendo, no limite, vir a questionar a validade de uma das teorias fundamentais mais sólidas ou fazer alterar o valor da constante física fundamental de maior precisão», refere ainda a mesma nota.

«Acreditamos que a teoria não esteja posta em causa, os cálculos feitos até agora é que poderão [ser postos em causa]», disse hoje Joaquim Santos, do Centro de Instrumentação (CI) da FCTUC, à Agência Lusa.

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Na perspectiva do professor do Departamento de Física, esta descoberta «é um passo para se compreender melhor o universo».

Embora não podendo antecipar os efeitos práticos da descoberta, o cientista lembrou que «os GPS só foram possíveis devido ao desenvolvimento da teoria quântica».

Segundo o comunicado, a equipa portuguesa foi responsável pelo sistema de detecção de Raios X, «um dos sistemas pilares da experiência e teve um papel importante no desenvolvimento do sistema de aquisição e processamento dos sinais desses detectores».

A equipa portuguesa é composta por oito investigadores, seis do CI/FCTUC e dois da Universidade de Aveiro. Os grupos portugueses «são internacionalmente reconhecidos pelos seus conhecimentos e perícia na área dos detectores de radiação», segundo a mesma nota.

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